Crônica - Eu, o Pilha e os 35 Pilas
(Essa é a quinta aventura do Pilha.
As quatro primeiras serão republicadas aqui, em breve)
Logo que fiquei mais ou menos bom, me mandaram embora do hospital. O Pilha falou que eu havia sido atropelado e voei por cima do carro. Não me lembro direito… mas eu me imaginei com uma capa bonita, igual o Super-homem, vendo o mundo ali de cima.
“Super-mané, que não enxerga um carro grandão!”, disse o Pilha.
A mãe não foi me buscar. Quando me tiraram da cama e me botaram sentado com a perna enfaixada, numa sala cheia de gente, mandaram eu esperar que um adulto tinha que vir me buscar. Mas de adulto que me conhece, só tem a mãe, e acho que ela nem sabia que eu fui atropelado. Ainda bem que minha perna ainda tava machucada e enfaixada, senão ela nem ia acreditar e eu ia apanhar por não ter voltado pra casa.
Daí eu tava ali sentado e vi o Pilha, da porta:
“Pssssssiu… psssssssssiiiiu”… e fazia com a mão e mexia a boca falando sem som: “vem, vem”…
Mas a moça disse que eu tinha que esperar ali. Daí o Pilha entrou, meio desconfiado, porque acho que enquanto eu passei esses dias no hospital, ele foi expulso mil vezes!
Mas entrou e sentou do meu lado.
“Vamos embora, mané!”.
“A moça disse que tenho que esperar um adulto”.
“Ficou sequelado batendo a cabeça? Vão chamar o juizado! Tua mãe não vem te buscar. Bora…”
Meu coração começou a bater forte. Será? Juizado?
Tentei levantar e ir com o Pilha, mas não consegui caminhar.
“Peraí, vou dar um jeito”. O Pilha sempre resolve tudo. É a pessoa mais inteligente que eu conheço.
“Não sai daí”.
“E vou sair como? Ficou doido?”… tá bom, nem sempre ele é tão inteligente!
Mas ele voltou ligeirinho com uma cadeira de rodas! Nem sei onde ele conseguiu.
Subi na cadeira e fomos saindo…
Quando a gente já tava quase no meio do quarteirão (que a gente chama de “quadra”), um cara de branco gritou alguma coisa e veio pro nosso lado. O Pilha começou a correr comigo na cadeira. Daí o cara gritou alguma coisa pra dentro do hospital e veio mais um. O Pilha começou a correr mais e deu no que deu: caímos, né?! Na mesma hora, já pensei que a gente ia ser pego, apanhar e por minha culpa, o Pilha ia parar no juizado comigo.
Ah… mas o Pilha sempre pensa em alguma coisa: jogou a cadeira pro meio da rua quando vinha um carro! Foi o maior barulho! e confusão! Daí, ele se inclinou e gritou: vem na minha cacunda! E assim a gente escapou do hospital.
Mas tinha o maior problema de todos: a minha mãe.
Eu tinha certeza que ela não ia acreditar e ia pensar que eu machuquei a perna caindo da árvore no parquinho, em vez de estar trabalhando. Já fazia cinco dias que eu não dava o dinheiro pra mãe. Ela devia estar furiosa!
Sempre levava oito pilas. O Pilha me ajudou a fazer a conta. Dava quase trinta e cinco!
Eu contei pro Pilha que tava com medo. Mas ele disse o que sempre me dizia:
“Deixa comigo. Vou lá contigo.”
Mesmo assim, fiquei com medo.
Quando chegamos lá no nosso muro, onde a mãe fica, ela já começou xingar de longe, quando me viu.
O Pilha logo falou:
“Eu que levei ele pra um trampo melhor. A gente enfaixou ele pra ganhar mais, que rico sempre tem pena de criança enfaixada”! O Pilha chamava de “rico" quem andava de carro.
A mãe olhou desconfiada.
“Toma”. O Pilha botou a mão no bolso e puxou um dinheiro num saquinho plástico de sacolé. Deu pra ela.
Ela contou. Tinha 29 pilas.
“Tá faltando” ela logo gritou.
“Tá nada. Faz a conta”, o Pilha falou com autoridade. “Óh, cinco dias a oito pilas: conta comigo, 8, 14, 19, 24, 28! Tem até um pila a mais!”
Os dois ficaram em silêncio um pouco e ela olhando as moedas.
“Tá, mas bora voltar que hoje ainda tá cedo. Vai daqui, moleque, vai logo pra sinaleira”!
Ufa… saí tão aliviado. Não existe amigo como o Pilha. Vou ser amigo dele até morrer. Trabalhou por mim quando eu tava doente.
“Oh, ta me devendo, mané! Não sou teu pai.” Ele me falou.
“Ninguém é.” Eu respondi.
Rimos.
“Mas Pilha! Tu não falou que cinco dias a oito pilas dava 35?”
“E tua mãe lá sabe fazer contas? Bora, vamos no parquinho!”
Por Luís Augusto Menna Barreto
É triste... é engraçado... São os desencontros da vida, fazendo-se encontrar, o forte com o fraco... o esperto com o acanhado... a inteligência com a tolice... E a vida vai seguindo... um dia ganhando, outro dia perdendo... Faltam oportunidades para alguns e são esses os que mais sentem na pele. Não reneguemos os "eus" e "Pilhas" da vida...
ResponderExcluirNorminha, busquei te encontrar novamente para falar que fiquei muito contente em saber que tu já foste em Vitória da Conquista. E mais contente em saber que és admiradora de Elomar Figueira de Mello. Elomar é um virtuose. E além de tudo é uma pessoa que eu quero muito bem. Fiquei, de fato, contente.
ExcluirAcho que não sei quem são os teus amigos. Pelo menos, não me recordo deles pelos nomes. Eles moram lá?
Nos últimos tempos, eu ando muito por Barra Grande - Maraú - BA. E para que saiba um pouco sobre esse lugar, vou te passar um endereço no YOOTUBE, no qual poderás encontrar dois vídeos que fizemos sobre a realidade educacional daqui. Pode ser?
Então lá vai. Ele é exatamente assim, no yootube:
Navegar é preciso (1998) & Navegar será, de fato, preciso? (maio de 2008)
Já te encontrei novamente! Pois é! Amo demais o Elomar! A Victória, minha amiga, é amissíssima do João Omar, filho do Elomar... Amei Vitória da Conquista...
ExcluirE eis que duas coisas coisas me deixas feliz em teu comentário, professora.
ExcluirA primeira é a reflexão sobre os menores... os de hoje, são sobreviventes... tem a sabedoria que lhes defende, que os mantém vivos... que os fazem sorrir.
A segunda, é oportunizar momentos assim, entre ti e a escritora...!
Adorei .... O Pilha é um amigão !! O que eles fazem ... Acontece no dia a dia !!
ResponderExcluirAh, Madalena... como é bom ler-te aqui....
ExcluirMil obrigados por vires... Sim, Pilha é um amigão... E nós..? Somos amigos dos Pilhas...??
Rsrsrs rsrsrs
ResponderExcluirQue bom que vens deixar teu riso por aqui...!!!
ExcluirSuper obrigado, Shirley!
O Pilha é o herói dos perdidos em busca do ponto de equilíbrio nas sombras da vida, pois "pilha" trás luz nas escuridão, por ter sempre uma saída seguindo a luz.
ResponderExcluirAh, Dr, Izamir... que lindo.... E que generosidade com o pequeno Pilha... Mil obrigados....!
ExcluirO Pilha sempre me comove, eles na inocência de uma infância tão sofrida e vivendo as realidades de uma sociedade culpada por tantos pilhas e seu amigo abandonados a própria sorte e passamos diariamente por eles e fingimos normalidade perante tal realidade...
ResponderExcluirAinda bem que mesmo com essa triste realidade eles parecem ser felizes, o esperto Pilha e seu protegido sabem driblar os perrengues que a vida lhes impõe...
Lembro de uma frase recorrente de meu pai: "a dor ensina a gemer"...
ExcluirPilha e seu amigo, são sobreviventes... e nessa luta do dia a dia, tão distante da nossa realidade, eles podem ensinar-nos tanto...!
Bah! Esse pilha é um amigão! Sempre deixando seu amigo protegido e tirando-o de enrascadas.
ResponderExcluirAh se tivéssemos sempre um Pilha por perto....!
ExcluirÉ tão linda esta tua crônica! De uma singeleza tão emocionante!Obrigada por tu escreveres tão bonito que dói. Fico mais grata ainda pelas lágrimas que, com esta crônica, tu fazes rolar em meu rosto, num dia assim, nublado assim, de mar meio gris.
ResponderExcluirJá me vejo numa fila, com o teu livro na mão, na espera do autógrafo que irei receber. Sim, porque, no lançamento desse livro de crônicas eu irei, ainda que aconteça na China e mesmo se não for convidada.
Não quero falar sobre o PILHA agora. Não quero falar sobre aquela conta, fantástico cálculo matemático que deveria ser chamado de cálculo solidário.
Mas quero, sim, e muito, ler e reler este sentimento. Isto não é apenas uma frase. Isto é uma emoção viva, palpitante, transbordante que eu não estou dando conta de comentar:
"MAS EU ME IMAGINEI COM UMA CAPA BONITA, IGUAL O SUPER-HOMEM, VENDO O MUNDO ALI DE CIMA."
Um abraço é pouco. Beijo-te o coração!
Deixa, então, eu falar para todos: ganhei de presente, via whatsApp, a crônica do Pilha, lida pela escritora...! Ah... se eu, com alguma vaidade, havia achado que ficou bom, lido com as entonações da escrita.... mas báh!
ExcluirQue presente...!!!!!!!!
Essa é a realidade vivida por muitas crianças, mas apesar de todo sofrimento elas ainda conseguem se divertir.... O pilha é o cara
ResponderExcluirBarbaridade Flávio... acho que essa é a magia... eles,de alguma forma, no meio de tanta agrura, ainda se lembram de ser crianças...
ExcluirViste no final? "Bora no parquinho..."...!
Esses causos que você conta sobre o Pilha e o amigo dele são as coisas mais belas e cheias de sentimento que já li. E eu fico a imaginar o tamanho do seu amor e respeito por esses meninos de rua. É o que você transmite, poeta.
ResponderExcluirAriano Suassuna falou que a esperteza do pobre é a sua defesa e meio de sobrevivência. Assim é o Pilha. Porque fora a saída do hospital, a cadeira de rodas jogada no meio do trânsito e a conta de aritmética melhor do que aquela, nunca vi. E tendo nele a solidariedade como virtude maior. Mil vezes, grata, por abrir o meu coração!
Maria, se me visses nesse EXATO momento, daria conta de minha pela completamente arrepiada...
ExcluirFico escandalizadamente envaidecido por tua primeira frase...
... e depois, vem meu êxtase, ao ver citado, Ariano Suassuna...!
Nem sei como te dizer obrigado... então vai assim: OBRIGADO!
Estava com muita saudade do Pilha!!! Que bom tê-lo de volta!!!
ResponderExcluirDesta vez foi engraçada a história deles.
No entanto, mais uma vez, a amizade deles é algo impressionante!
Às vezes me pergunto, será que existe muitos Pilhas por aí?
Não acredito.
E se alguém tiver um como amigo, com certeza tem um tesouro imensurável.
Continuo no aguardo de novas aventuras.
Ah, mana, outras aventuras do Pilha hão de vir...! Ele já me contou alguma coisa sobre a escolha do dia do seu aniversário que ele falou na aventura do Eu, o Pilha e o Ranho, e que teve a ver com a aventura do Eu, o Pilha e o São Jorge...!
ExcluirHoje tu me arrancastes lágrimas...
ResponderExcluirHoje o comentário não vem em palavras...
Deixa só eu sentir tá???!!!
O pilha já me conquistou...
Sinta-o....
ExcluirVamos tentar sentir de verdade os Pilhas pelos quais tantas vezes passamos....
Obrigado, guria... muito obrigado...!
Não consigo escrever... eu e Clarice rindo... da vida, dos pilhas, das mães... A pobreza não tem graça, mas tu tens.
ResponderExcluirAh, Sylvia... eu também ri da conta do Pilha... e quero encontrá-lo para ele negociar algumas contas minhas....!!!
ExcluirElisa, (teu nome lembra um personagem de um livro da minha infância) sim, existem muitos Pilhas! Estamos vivendo uma era conturbada, cheia de egoísmo, individualismo... Mas os Pilhas existem! E estão no meio de nós... São anjos... Ah, poeta! A história deles é triste... Nos sensibiliza... Mas também é cheia de graça e rimos... Ah, essa forma de escrever... Que cada um de nós possamos ser um Pilha na vida de alguém... Obrigada..
ResponderExcluirTe abraço...
Norminha, olá!
ExcluirHoje, mas na postagem de ontem, deixei um recado para ti. Viste?
Abraço!
Sim, até te respondi...
ExcluirNorminha, que bom quando alguém nos chama...
ExcluirSei que existem Pilhas pelo mundo. as continuo me perguntando, será que são muitos?
Se pararmos pra pensar quantos encontraremos, de verdade, durante toda a nossa existência?
Mas não desacredito de que possamos encontrá-los!!!
Amo as histórias do Pilha!!! Espero-as com ansiedade.
Viajo em cada história contada e consigo ouvir a voz do amigo contando as aventuras.
Sempre digo ao meu irmão que sou a maior fã do Pilha.
Fiquei muito feliz em poder te responder. È sempre um prazer imenso conversar com os fiéis leitores do meu irmão.
Um grande beijo.
Exatamente.... muitas vezes pensamos que queremos ter uma amigo Pilha... mas quantas nós queremos ser o Pilha para o amigo...???
ExcluirObrigado, professora...!
Li sua resposta, Norminha.
ExcluirUm abraço!
A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa, nem medir o que se diz.
ResponderExcluirGeorge Eliot
Pilha, amigo para sempre. Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro. Parabéns poeta.
Thousand thanks, teacher ! I'm glad too , to know that apreciaste . Pilha is really special ... both as such and as a character to this writer .
ExcluirPoxa... Que bacana! Gostei bastante! Parabéns Poeta!
ResponderExcluirAh.... bem vinda, Denizoca...!!!!
ExcluirE mil obrigados por vires aqui, visitar-nos...! Venha outras vezes! Espero que possas, sempre, encontrar por aqui algum sorriso!!!
Muito obrigado mesmo!!!
Apaixonei-me pelo Pilha, e também pelo Mané, ambos com tamanha cumplicidade, afeto, amor de anjo, de proteção! Quer saber meu caríssimo amigo poeta.,,, eu faria a mesma coisa que fez o pequeno pilha pelo seu amigo Mané, mesmo tão crianças e possivelmente da mesma idade, Mané era protegido por Pilha!
ResponderExcluirDeus abençoe a linda amizade de ambos...que o universo lhes abra muitas portas para que vençam a tão difícil omissão dos "pais" se é que poderíamos chamá-los assim ! Boa noite Menna, parabéns pela crônica, amei !
Ah, minha cara amiga Sônia.
ExcluirTua gentileza faz-me sentir-te um pouco Pilha ao proteger-me, com tua generosidade de qualquer crítica pela pressa da escrita, ansiedade no trato com as palavras ao escrever vidas tão ternas, tão ansiosas por cuidados e ao mesmo tempo tão "ariscas" pelas mazelas do mundo. Obrigado, de coração, Sonia "Pilha" Regina!!
Gostei do apelido Menna. Sou mesmo um "Pilha"rsrd ansiosa, preocupada em cumprir minhas obrigações e com prazer, proteger os que quero bem. Sou "Pilha" por querer, colocar sob minha proteção aqueles que vejo injustiçados, sofrendo ou precisando de uma palavra amiga !
ResponderExcluirAhhh..... que bom saber-te assim!!!!!
ExcluirMuito bom!! Ri muito do início ao fim, o pilha é uma figura, sempre arranja uma solução!!! ..."vou ser amigo do pilha pra sempre", é ótimo!!! E sempre estará nas encrencas também...kkkkkk
ResponderExcluirAh... bora encrencarmo-nos com o Pilha...!!
ExcluirQueremos os amigos Pilhas com a gente.... queremos ser Pilhas, também...
... acho que queremos, na verdade, a liberdade deles... o mundo pela frente...!
Super obrigado, Camila...!
Quando se fala do Eu e do Pilha e TEMPERATURA MÁXIMA. Pois muito bem, na história que antecedeu está aqui, ao comentar, dissemos que o Pilha tinha sido o São Jorge, guerreiro, daqueles primeiros momentos difíceis que Eu estava passando, acidentado e numa cama de hospital. Dissemos que até história o Pilha lia para o Eu em que pese o livro estar de cabeça para baixo, o que valeu, nisso tudo, foi a intenção e sua presença diuturnamente ao lado do Eu, que baita amigo, queria ter um amigo assim. Pois muito bem, na história de hoje o Pilha, mais uma vez mostrou sua habilidade e artimanha. Não e que, mesmo menor de idade ele conseguiu fugir com o Eu numa cadeira de rodas do hospital (artimanha) e levá-lo até sua humilde casa, onde, sua mãe, o esperava para ver e saber de quanto tinha conseguido faturar nem se importando com a perna imobilizada do Eu mas, quem tem um amigo como o Pilha, que de tudo sabe um pouco (habilidade) e principalmente em contas de chegar, não foi difícil apresentar o faturamento do Eu e assim se passou a régua. Moradores do mundo, personagens do dia a dia das esquinas movimentadas, das ruas de uma cidade movimentada, lá se foram eles em busca de novas aventuras, o Eu com sua perna enfaixada e o Pilha tocando pilha para ver como e que fica. Confesso, se hoje eu fosse um guri nessa faixa etária gostaria de ter um amigo como o Pilha. E isso aí.
ResponderExcluirAh, Dr. Valdomiro... queremos, todos, essas aventuras...!
ExcluirE tenho certeza que lá em Uruguaiana, haveria, senão Pilha e seu amigo, certamente as aventuras...!
O Pilha é um anjo ! Como vários desses anjos que passam em nossa vida a nos proteger ... É isso: um anjo ! Abraço amigo.
ResponderExcluirAcho que concordo... tens razão: o Pilha é o anjo... se lembrares da aventura passada, quando ocorreu o atropelamento do amigo, ao final, a colega de quarto de hospital, vira para o menino e fala, referindo-se ao Pilha: "ele é o São Jorge".
ExcluirCaro Escritor, esse seu texto é muito lindo. Esse foi o adjetivo que encontrei para defini-lo. Lindeza é uma palavra muitas vezes subestimada. Eu a valorizo muito. Daí utilizá-la para tal fim. Vejo-me inclinado a concordar com a Ana Isabel.... que coisa bela vc mandou quando disse "MAS EU ME IMAGINEI COM UMA CAPA BONITA, IGUAL O SUPER-HOMEM, VENDO O MUNDO ALI DE CIMA.". Eu pude ver e sentir... A leveza do texto e a tonalidade sofisticadamente simples me fez aplaudi-lo. Não é fácil isso... É para quem sabe o que está fazendo. Parabens!
ResponderExcluirSedrick... o mais incrível é que apareces por aqui, pelo jeito, durante a Noite Nua (@Noitenua - www.noitenua.blogspot.com.br) e eu, depois, fico tentando achar o rastro...!
ExcluirNão sei como dizer isso... realmente, não se trata de "saber" como dizes... A escritora (@anairmacedo) também fala em um certo "saber" que eu teria...
perdoa, furtivo Yuri... não tenho domínio ou ciência desse "saber"... Eu sento, ouço Pilha, e simplesmente sai... a narrativa dele próprio conduz a pena desse escrevedor...
Fico por demais honrado e evidentemente envaidecido com teu comentário... mas me sinto quase um "não merecedor"...! É como se eu, escrevendo, usurpasse elogios de quem efetivamente sabe o que escreve.
Mas eu o aceito. Acolho-o... e parto, novamente, no rastro de Sedrick...
Sigamos, pois!!
ExcluirSaudações!
Hoje, vim abrir o meu domingo com o Pilha. Ana me falou a respeito dele e fiquei curiosa. Ah...confesso que esperava encontrar mais textos e, depois, de ler esse dos 35 pilas (... a esse respeito...acho que , no sul, falamos “ pila” no singular, não?? Passei um tempo por lá e lembro-me que , logo que cheguei, fui advertida a esse respeito...mesmo na Universidade, falamos “pila” e não “pilas” rs) Bom...voltando ao Pilha ....vou aguardar mais textos e sei que ter acesso a eles depende muito mais de mim, não é, Ana?!
ResponderExcluirGostei muito da narrativa. Gostei, sobretudo, da imagem/sensação provocada por “ mas eu me imaginei com uma capa bonita, igual o Super-homem, vendo o mundo ali de cima”. É mágico! É mágico (trans)formar uma cena de atropelamento dessa forma.Muita sensibilidade da sua parte! Acho que eu estaria bem nesse plano.
Em seguida a essa magia, a voz do Pilha “ Super-mané, que não enxerga um carro grandão!”. Eu, com certeza, precisaria ouvir isso para voltar a mim. Aqui, registro a importância dessa dicotomia apresentada por você.
Do texto, belo texto (!), fica em mim a sensação de que Pilha é o “ amigo” que, se ainda não tivermos, devemos ou que precisamos ter. A vida foi generosa comigo...tenhos alguns “ Pilhas” ao meu redor.
Helena Luz....
ExcluirSó hoje, lamentavelmente, só hoje, em 30 de outubro, vi teu comentário...
Tenho 5 historias do Pilha...
... talvez tu gostes, também do "Kadu", outro personagem infantil, ali na outra aba ali em cima!!
Quanto às do Pilha, estão publicadas no antigo blog "menna comentários" (www.mennacomentarios.blogspot.com.br)... mas eu as vou trazer, todas, para cá... o Pilha é meu personagem mais especial... o que empenho mais carinho... o que trato com mais cuidado... Pilha é meu amigo... e Pilha precisa de amigos, Helena... se o encontrares, não dá, simplesmente, a esmola... diz que o teu dinheiro, não é pra comigo... diz que é pra doce... diz que é pra refrigerante... diz que é pra ele... um presente, não fruto do "trabalho" dele... pra ele se sentir mais gente... pra ele não esquecer que ainda é criança...
Espero que de alguma forma esse comentário te alcance....
Não sei como te procurar... mas obrigado... mil obrigados....