Eu não entendia direito. Desde que eu me conheço por gente, tudo que encontro pela rua, posso pegar. Daí, quando não quero mais, deixo na rua e outra pessoa pega. Ou fica ali, até sumir. Porque eu acho que “coisa” é como “gente”: quando fica jogada na rua, e ninguém se importa, vai sumindo até que morre...!
Um dia eu tinha chegado no parquinho antes do Pilha, e fui pra nossa árvore. E vi que o Ranho, um garoto que mora num prédio na frente do parquinho, tava brincando com alguns carrinhos, na areia. A mulher que sempre leva ele lá, tava sentada cutucando o celular, igual sempre faz. E o Ranho lá, sozinho. Daí, ele levantou e foi pegar biscoitos na bolsa que tava ao lado da cutucadora de celular.
Ele deixou os carrinhos jogados na areia, e tinha um amarelo, que eu tava olhando há um tempão. Daí, como ele deixou na areia e saiu, eu fui até lá e comecei a brincar com o carrinho.
Então, de repente, eu só senti a mão da cutucadora de celular no meu braço, pegando forte e mandando eu largar, me chamando de ladrãozinho.
Eu não entendi, eu não tava roubando nada! Fiquei assustado e comecei a gritar. Ela não me largava… daí, senti que alguém me puxou e nós dois caímos pra trás!
— Corre, mané!
Era o Pilha! Corremos pra nossa árvore! Eu fiquei muito assustado! Parece que eu ia vomitar meu coração, porque parecia que ele tava batendo no meu pescoço! Eu olhei pro Pilha e ele tava com um baita arranhão no braço! Aí ele foi naqueles galhos mais altos que eu tenho medo de subir! Ele olhou pra mim e disse:
— Por isso que eu gosto de brincar na árvore! Ela é um brinquedo feito por Deus! E nos brinquedos que Deus fez, ele nos deixa brincar!
Por Luís Augusto Menna Barreto
Obrigado por compartilhar conosco essas reflexões. Um grande abraço...
ResponderExcluirGrande Rob!!!!! Muita saudade de ti, amigo!!!!! Super obrigado por visitares o Pilha!!!!
ExcluirUm baita abraço!!!!
Obrigada por nos presentear com suas reflexões, Dr. Elas nos aproximam dos princípios de "como voltar a ser gente".
ExcluirAh.... bora subir em árvores!!! Bora votar o Tomas a sujar as unhas de terra!!!!
ExcluirQue saudades eu estava do Pilha!
ResponderExcluirBom que ele apareceu.
Não demora muito para voltar outra vez.
Foi só uma participação curtinha pra matar a saudade..!!!! Mas tem mais aventura por aí....!!!
ExcluirQue legal!
ResponderExcluirLinda reflexão!
Mt obrigado Dr!
Obrigado eu!!!!!!! O Pilha sempre me traz ótimas lembranças e enche meu coração!!!
ExcluirAmigo o parágrafo final me lembra a música de Zé Ramalho sobre as diversas construções que ele participou inclusive de uma escola onde a filha dele não podia estudar. Mas na Igreja de Deus que ele tb ajudou a contruir de tudo ele e a família podiam partipar pois era a casa de Deus e tds podiam entrar sem impedimentos.Ele ainda diz Missas,Novenas e quermesses e outros eventos. Gosto muito da letra desta canção. E como não tinha o Pafre apateceu o Pilha e resolveu a situação.
ResponderExcluirErros Padre e apareceu. A culpa foi do celular. Há Há.
ExcluirAmigão, foi EXATAMENTE dessa letra que eu lembrei ao escrever!!!
Excluir“(...) tá vendo aquela Igreja, moço
Onde o padre diz amém?
Enchi minha mão de calo
Pus o sino e o badalo
Lá eu trabalhei também!
Lá foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar... (...)”
Vossos contos, nos faz voltar ao túnel do tempo.
ResponderExcluirMuito obrigado, Dr. Menna.
Muito obrigado a você... (embora não tenha aparecido seu nome e você não o tenha dito... mas seja quem for, eu fico muito feliz por você ter vindo aqui!!!
ExcluirVolte sempre!!
E eu fiquei muito envaidecido com teu comentário!!!
“Um dia me disseram que as nuvens não são feitas de algodão...” A perda da inocência, da pureza e da ingenuidade da infância é inafastável; infelizmente, para muitos, ela é bem mais dolorosa do que para outros...
ResponderExcluirQue seja suave... que antes de perdermos a inocência, tenha muita sujeira embaixo das unhas, muita areia no cabelo... muita brincadeira nos brinquedos de Deus!!!
ExcluirQuanta saudade eu estava de você, Pilha!!!!
ResponderExcluirMuito bom acompanhar tuas aventuras!
Você tem uma enorme luz na ALMA, garoto!!!
Ah....!!!! Obrigado, amiga!
ExcluirEu também estava com muita saudade do Pilha e, de repente, esse garoto apareceu... assim, do jeito que sempre aparece... salvando o amigo na hora em que precisa... e depois, mostrando o jeito com que seu coração de criança, já com tantas amarguras, ainda v6e o mundo com bons olhos...!
Eu espero que o Pilha não passe mais tanto tempo longe de nós...!!!
E muito obrigado... é sempre tão bom te ver por aqui!
Ah , esse Pilha é uma espécie de super herói desse inocente amiguinho, sempre aparece na hora certa e o salva do perigo, e ainda tem sempre um ensinamento pra ele. Muito bom esse retorno do menino Pilha, junto com ele vem muita aventura e alegria.
ResponderExcluirQue saudades... Do Pilha, de ti, amiga Eunice, das conversas dos amigos aqui pelo blog...!
ExcluirEu tenho estado ausente, eu sei, mas estou tentando manter ao menos uma publicação inédita a cada final de semana, ao menos enquanto eu estiver envolvido com o roteiro da peça de teatro.
Pois é: O TEATRO vai virar teatro infantil... o roteiro está quase pronto...!
E os atores que foram escolhidos, são maravilhoso!!
Eu estou super empolgado.
Um imenso abraço, guria!!
... e certamente virá mais Pilha por aí...!
Tudo certo poeta, vc tá conciliando com louvor seus trabalhos, compreendo que qdo não aparece por aqui, é pq está sempre criando coisas boas. Essa peça teatral vai ser um sucesso, tenho certeza.
ExcluirÉ isso mesmo, Pilha! Eu nunca havia pensado nisso, desse jeito assim: "... brinquedo feito por Deus. E nos brinquedos que Deus fez, ele nos deixa brincar!" E ninguém tem de meter o bedelho. E se meter, a gente manda ir à MERDA.
ResponderExcluirPara mim, o brinquedo que Deus deixou que eu mais gosto de brincar com ele é o MAR. Adoro ficar dentro do MAR! Muito tempo! Muito tempo mesmo.
E sabe de uma coisa, Pilha? Vou te contar, mas é segredo, viu? Eu acho... desconfio de verdade! que Deus fez o MAR DE BARRA GRANDE, aqui na Península de Maraú, só pra me dar de presente. Foi por isso que Ele fez esse MAR do "jeitim" que gosto.
Eta Deus bom, né?
Ah! E outra coisa que eu esqueci de te falar: tu ocupas um lugar especial no meu coração, viu?
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Abraço cheio de carinho, meu cronista predileto!
Eu estava com muita saudade do Pilha, também... e do jeito que ele vê o mundo, o jeito simples com que ele sabe falar as coisas...
ExcluirÉ estranho... às vezes, quando a gente escreve um personagem, parece que o texto já vem como se o próprio personagem estivesse contando! Eu tenho certeza que tu sabes isso melhor que ninguém, porque penso que com Carmela tenha sido assim...!
Quanto ao teu mar, que Deus deu de presente, eu acredito... realmente acredito. Porque Deus dá presentes para quem ele sabe que vai compartilhar! Então, eu acredito que o mar de Barra Grande seja teu, porque sei que deixarás outras pessoas brincarem também com o presente de Deus...!
... e eu também adoro quando o Pilha vem me contar algumas histórias... é sempre delicioso sentar e ouvir...
O problema é que muitas vezes ele passa correndo, sempre atrás de uma aventura, ou correndo pra ganhar os 8 pilas e poder ir pro parquinho!
Que lindo....gostei muito!
ResponderExcluirBrigaduuuuuuuuuu!!!!!
ExcluirComo é bom encontrar-te aqui!!!!!!
Fico tri feliz por comentares!!!!
Eu sempre me emociono com os contos em que o Pilha aparece. Eita garotinho esperto, não tem como não se apaixonar! 😊
ResponderExcluirO Pilha é cativante, com sua esperteza inocente, seu coração gigante, sua curiosidade da vida....! Obrigado , Sônia!!!!
ExcluirSenti falta do Pilha!! Aliás sou apaixonada por ele...Menininho fácil de cativar e de nos emocionar...😍
ResponderExcluirUm guri que a vida fez esperto por sobrevivência...! Não desistiu da infância...! Obrigado, Michele!!!!
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