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quarta-feira, 27 de março de 2019

bora cronicar - O Sapo e a Enforcada

Bora Cronicar

O Sapo e a Enforcada

A minha infância em Santo Antônio da Patrulha, no interior do Rio Grande do Sul, foi uma infância normal da época. Infância desplugada, com muito joelho ralado, mercúrio cromo pintando joelhos e cotovelos de vermelho, Kichutes amarrados nas canelas, Kongas, Bambas e Havaianas apenas azul claro ou pretas que nós, garotos mais descolados, virávamos ao contrário, para que a parte colorida ficasse pra cima.
Como todo o adulto normal, sobretudo aqueles que já estão no que poderia dizer a segunda metade da vida, eu adoraria voltar. Mas, se pudesse escolher, mudaria algumas coisas. Sim, mesmo da minha maravilhosa infância em que uma tomada era suficiente em uma peça da casa, eu tenho alguns arrependimentos: eu encheria menos o saco da minha irmã (somos em dois e eu sou o caçula, aquele que fica com duas balas quando tem apenas três, aquele que chora e é defendido por ser o menor, aquele, enfim, que apareceu e roubou a atenção e os mimos que antes eram destinados ao mais velho). 
Mas afora o arrependimento de ter perturbado muito a mana, tem uma coisa que eu de jeito nenhum faria de novo: eu não atiraria pedras em sapos. Sim, isso mesmo. Eu não atiraria pedras em sapos!
É o seguinte: a gente morava atrás do salão da Igreja da cidade baixa. Naquela época, Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul, era dividida entre cidade baixa e cidade alta. Não, não são nomes de bairros. Por isso eu nem escrevi com letra maiúscula no início. É que a cidade limitava-se, praticamente a isso: a parte que ficava em cima do morro (chamada pelos antigos daquela época de “Vila” - “vou lá em cima na vila”, diziam), e a parte que ficava embaixo. Por motivos óbvios, um dia acaba o espaço em cima do morro e a cidade vai descendo, né?! Hoje já tem muitos bairros em Santo Antônio da Patrulha, a cidade cresceu muito! Os morros que a gente tinha que passar para ir no “açude dos cinca” já estão loteados e tem até um hotel bacana lá (onde eu fiz o João levar um tombo de bicicleta, mas isso conto outro dia!); onde era o “Sapão”, um campo de futebol onde destilávamos nossa certeza de que todos seríamos melhores que Pelé e Maradona, hoje é o loteamento Parque São José. A floricultura do Padre José (que foi padre mesmo) que era pequena na casa dele, hoje está de um lado e outro da rua. A super casa no alto do morro, feita na frente do “Casarão”, virou vários apartamentos… enfim, mudou! 
Mas eu tava falando que, na minha infância, a gente morava atrás do salão de festas da Igreja de baixo (da cidade baixa). Quando vinham aquelas chuvas de verão, rápidas, mas de generosas águas, a mãe deixava a gente tomar banho de chuva. E nós (eu e a mana) e mais a gurizada da rua (os irmãos Cuca, César e Dico, o Christian, os então pequenos Suian e Beto) corríamos para as calçadas do salão, porque havia calhas que terminavam a aproximadamente 1 metro e meio de altura e jorravam água como se fosse uma cachoeira. Brigávamos pelas calhas, para ficar embaixo e levar aquele banho todo! 
Depois, quando a chuva passava, a gente entrava em casa como um “pinto molhado” e o pai fazia a gente tomar um “martelinho” com vermute, uma bebida bem forte. A mãe reclamava, mas o pai dizia que tinha que tomar pra não ficar gripado! 
Acho que funcionava. E, naquele tempo em que nem tudo era politicamente incorreto, e nem havia extremismos legais, não virei alcoólatra por tomar um martelinho de vermute depois das chuvas, aos dez anos de idade. E meu pai nunca foi preso por isso! O incrível é que, nesses dias de chuva, quando começava a cair a noite, acontecia uma incrível reunião de sapos ali na calçada da parte de trás do salão da Igreja. Eu não faço a mínima idéia de porquê os sapos reuniam-se ali, mas que era uma espécie de point para os sapos, era! E o que nós, fazíamos? Já de banho tomado, voltávamos todos para a rua pra jogar pedras nos sapos. Os pobres sapos lá, como Madalenas sem que aparecesse ninguém para dizer-nos “quem nunca coaxou sob as calhas em dia de chuva, que atire a primeira pedra”. 
E tantos sapos sucumbiram ante nossa crueldade infantil. Pois esse arrependimento eu tenho. Se pudesse voltar, não atiraria pedras nos sapos. E mais: tentaria convencer meus amigos a não atirarem também. Pobres sapos.
Pois dias atrás, lá em Santo Antônio da Patrulha, uma amiga da Maria Júlia, minha sobrinha havia tido um desentendimento com os pais, e foi dormir lá na casa da mana. Dormiu no quarto da Maria Júlia. Daí que no meio da madrugada, a mana acordou com gritos desesperados da Maria Júlia, à porta do banheiro. Como a mana ainda estava naquele instante em que o brusco acordar mistura-se ao torpor do sonho, ela disse que ficou paralisada de medo! Pelo tom desesperado dos gritos, a mana chegou a pensar que a amiga havia-se enforcado no banheiro e a Maria Júlia, ao levantar-se, deparou-se com a cena e estava, agora, em desespero, gritando! Como os gritos não cessaram, a mana, em um arroubo de coragem, foi lá para arrancar da visão de sua prole, a horrível cena da garota pendurada pelo pescoço. Quando chegou no banheiro, também veio Milena, a amiga, ver o que estava acontecendo, acordada também pelos gritos! Ora, se Milena, Maria Júlia e ela própria estavam ali, quem se havia enforcado no banheiro? Ninguém!
Havia um sapo no banheiro! Isso, um sapo. E Maria Júlia tem pânico de sapos. 
Nos tempos de criança, não teríamos dúvida: correríamos e pegaríamos uma pedra. Mas mana pegou uma toalha, colocou sobre o coaxante e calmo anfíbio, pegou-o e colocou-o no pátio de casa, com toda a delicadeza. 
Ela também se arrepende de ter atirado pedras em sapos: eles voltam para assombrar nossa descendência…
Luís Augusto Menna Barreto
27.3.2019



28 comentários:

  1. Hahaha
    Rindo de "Os sapos voltam para assombrar nossa descendência"...Sabe poeta,eu até tenho uma boa relação com os sapos...Acho engraçadinhos, inclusive na adolescência eu cheguei a colecionar sapinhos de pelúcia...
    Ah poeta eu como moro no interior do Estado à noite você faz ideia do coaxar dos "bichinhos"? E eu adoro, especialmente na época do inverno,o barulhinho deles soam como música para meus ouvidos...Adooorooo!!!

    Adorei das tuas lembranças de infância,super me identifiquei...Eu me sentia a tal com os kichutes amarrados nas canelas finas...Lembro que ganhei um conga "modelo novo" que eu ia me sentindo a própria cinderela na escola... Hahahaha

    Que crônica gostosa Poeta!!! Nostalgia tomou conta!!!💓

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    1. É bom relembrar, né..?? As meninas ficavam lindas e serelepes em Congas novas!!!
      E os Kichutes, quando novos, tinham até uns fiapos de borracha nas garras, parecidas com pneus novos... ela o máximo..!!!!

      Ah... bem aventurados os de infância desplugada...!!!

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  2. Amigo eu com 72 anos vivi tudo isto multiplicado por x. Não vou citar pra evitar duplicidade, mas duas tenho que falar, pegar besouros em caixa de fósforo e ficar ouvindo como se fosse rádio e passar leite da árvore perto das frutas pra pegar passarinho. Muito legal nossa infância. Tempos bons que não voltam mais.

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    1. Ah, amigão!!! Como era legal isso... e os vagalumes que a gente colocava em vidrinhos pra ver brilhar...? E as arapucas pra pegar passarinhos..? (Essa do leite de árvore eu não sabia!!)...
      Bodoque, pipa, bolinha de gude... Outro dia, o João me disse: "mas hoje tem tudo isso! É só botar na "busca" no youtube!"...

      ai ai... felizes nós, de infância desplugada...!

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  3. Maravilhosa infância! Não esqueço dos vaga-lumes em vidros, nas noites enluaradas, do brilho nos olhos dos meus primos quando brincávamos na casa da vovó. (sim chamamos de vovó e vovô, rs) Na minha casa o que tinha muitas vezes era vinho com água e açúcar, depois a gurizada dormia a tarde toda! E te confesso que ningúem virou alcoólatra com isso rsrs. Santo Antonio tem a melhor lazanha de rapadura do mundo, e na última vez que estive ali comprei 4 kilos de rapadura, na fábrica. Eta, terra boa!

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    1. Denise, como é bom ver-te aqui!!!!
      Até hoje, eu me refiro a Santo Antônio como "minha bela, querida, saudosa, distante e lendária Santo Antônio da Patrulha"...
      Aqui no norte, e especialmente as pessoas no nordeste, estranham quando digo que lá é a terra da cachaça da RAPADURA e do sonho...! Mas só indo lá pra ver que é mesmo...!!!
      Lembro até hoje de comprar cachaça no alambique, tirada direto da pipa pro garrafão que a gente levava, e o pai tomando caipirinha aos finais de semana... um copo que durava quase a manhã inteira, bebericando e lendo o jornal, sentado na mesa da varanda... E a gente sempre podia "tomar um golinho", que nada mais era do que molhar o lábio, sentir o amargo e fazer a cara mais feia possível, saindo correndo pra próxima brincadeira...!
      Ah... como é bom..!

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  4. Homem de Deus!
    Não me faça recordar uma coisa dessa - os sapos.
    Quer saber?
    Eu fui, até os meus onze anos de idade, encarregada pelo meu pai de espantar os sapos da minha casa, no sítio, depois da chuva.
    Comecei jogando sal, e,  como não dei jeito a eles, adotei matar os bichinhos. Matei muitos. Muito mais de mil.
    Mas me arrependi. E acho que como penitência Deus me fez perder a coragem e o interesse de matar qualquer ser vivo.
    Na minha casa pode entrar escorpião, aranha, lagartixa, barata, rato, emboá, formiga...Os filhos querem que eu mate os bichos porque fazem mal à saúde; os netos porque acham a vovó corajosa. Não tomo nenhuma providência. Não tenho mais a convicção.
    Eu ja pratiquei homicídios demais na minha infância.
    Eu acho que eu merecia a prisão perpétua.

    Ah, poeta, fora o trauma que me acendeu na alma, achei tudo muito "irado"!

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    1. Mariaaaaaaaa!!!!!!
      Uma "frogkiller"!!!! Ah.... cuidado... eles voltam...!!!! rsrsrsrsrsrsrs
      Adorei tua história!! .. mas não sei o que é "emboá"..!

      ... da minha parte, não atiro mais pedras em sapos... mas mataria um escorpião!!

      Cá entre nós, se sapos viram príncipes, quantas princesas fizestes solteira por teus atos "sapohomicidas"???

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  5. Emboá ou embuá é um inseto inofensivo, é o piolhinho de cobra, parecido com uma lagarta.Anda pelos cantos do jardim. Gosta de entrar na casa.
    Eu nem havia pensado nessa historia do príncipe. Quem sabe, minhas netinhas vão pagar o pato. Tadinhas!
    Ass. Maria.

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    1. Acho que sei qual é o bicho!!!!!
      Pois é... e os príncipes, hein? Hein?!
      Vai que tu tiraste a chance de vários orincesinhas por aí.....?!😅🤣

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  6. Escritor, queres uma sugestão? Se não quiseres, vai assim mesmo:

    dá um jeito de esta tua crônica chegar "aos irmãos Cuca, César e Dico, o Christian, os então pequenos Suian e Beto"!

    Caso não seja possível pelo blog, manda por e-mail! Ou então, faze tu mesmo uma cópia para cada um e pede à Elisa para entregar!

    Garanto-te que será um grande presente.

    Ah, outra coisa! Esqueci-me de dizer-te que te imagino criança. Depois eu digo.

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    1. A Mana envia sempre pra Tia Lála (D. Jussara, mãe do Cuca, César e Dico! E ela vai mostrar pra tia Leica (D. Juleica), mãe do Beto, irmã da Tia Lála!
      O Suian vou ver se a mana acha pra mostrar, porque a Tia Sílvia (mãe dele, irmã das outras duas) já faleceu precocemente!
      O Christian perdi o contato, foi o primeiro grande amigo de infância que mudou de cidade e chorei por dias....! A última notícia que tive dele, estava pilotando aviões comerciais na Ásia)!
      Vou procurá-lo pela rede...!!!!!
      Ótima sugestão!!!

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  7. Tenho horror a sapo, mesmo sabendo que o bichinho é inofensivo, quero distância deles, mas sou contra que matem, quando acontece de aparecer algum aqui, meu irmão pega com uma sacola plástica e leva pra soltar perto do rio, matar jamais. Lindas essas lembranças da infância, uma gostosa volta ao passado, relembrar é muito bom.

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    1. Confesso que também não dou muito de sapos... mas eu me arrependi das pedradas!!!
      No Marajó, via alguns e vez ou outra um pequeno entrava no meu apê por lá!!
      Aqui, vejo poucos....! Mas lá na mãe, com um imenso é maravilhoso pátio, é fácil de aparecer!!!!!!
      Ah... recordar é viver....!!!

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  8. Ah...doces lembranças da nossa infância...Kichutes,bambas,congas,havaianas me identifico rsrrs

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    1. Cuidado, Maura, que acabas entregando tua idade!!! 😬😂🤣
      Ah!, como era bom.....!!!!

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  9. Ate me arrependi de ter doado toda a minha coleção de sapos, eram lindos... Não consigo pensar em sapos sem ter carinho, mas... Os de verdade eu também tenho medo 😆

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    1. Sapo de pelúcia não vale, né?! Se fossem de pelúcia, não teria jogado pedras!!!!!! 😂😅

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  10. Coisa mais boa ler essa crônica, voltei a nossa infância...passou um filme bom na minha cabeça, eu acho que tbm tomava banho de chuva com vcs, a vó Ciça não gostava muito pois era a neta mais velha junto aos guris.

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    1. Ah, Paula, eu me lembro de vezes que todo mundo tava nessa bagunça!!!
      Era bom demais!!!
      Que saudade.... mas como é bom relembrar!!!!

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  11. Nossa a moda da havaiana virada kkkk eu usei muito. Quanto a sapos sem comentários kkkkkk

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    1. E a gente virava a Havaiana e achávamos “os descolados”, né...?!!!! 😂😂

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  12. Maravilha de crônica, como é bom recordar os tempos de infância e quem não tem um arrependimento que atire a primeira pedra, mas errar faz parte, ainda mais quando somos inexperientes e jovens demais para discernir...genial a conclusão que os sapos vêm assombrar aos descendentes dos seus algozes.....rsrsrs....

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    1. ... eles vêm mesmo!!!😅😆🤣

      Ah... tão bom achar-te aqui, a cronicar....!!!

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  13. Que legal essa lembrança das havaianas viradas!!!! Virava todas.Amava as azuis mais claras.
    Agora...pelo amor de Deusss...esse negócio de aproximação com sapo, neeeemmmmmm pensar. Tenho pavor até hoje. Faço o maior escândalo...chego ao ridículo....
    Maravilhosa crônica!!!
    Como sempre!!!!!

    Tenho a impressão que você escreve num fôlego só! Tanto a facilidade que passas ao narrar cada situação!
    Penso que eras um "ser espiritual" muito elevado lá perto de Deus e Ele resolveu mandar-te para cá para alegrar os nossos dias com teu alto astral.
    Deus sabe o que faz! rsrsrs

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    1. Ah.... quem nunca virou uma Havaiana, que arranque a primeira tira de seus chinelos..!!!!!
      Ah!, Armelinda... quanto a Deus ter-me enviado de volta... talvez tu tenhas razão... mas pelo motivo errado: acho que ele não me aguentou... mas como não sou tãããããão péssimo, Ele me mandou de volta como uma segunda chance. Mais ou menos como o Chicó, lembras? (Ave!, Suassuna!!!!)....!!!!!!

      E, sim, escrevo, normalmente, de um fôlego só. o problema pra mim está em escrever a PRIMEIRA frase... mas da feita que a escrevo, normalmente só paro no final!

      É gostoso demais escrever... (um pouco porque realmente adoro as teclas do dispositivo onde escrevo... é o melhor "brinquedo" que já tive na minha vida. Tenho pouco apego - mesmo - a bens materiais... mas tenho um ciúmes do meu Mac, que só vendo prá crer. E olha que ele é um velhinho muito guerreiro: é de 2014, mas o desempenho é de comprado ontem, e a bateria ainda dura 4 horas, mesmo com uso diário e incontáveis viagens ao Marajó comigo!! Acho que meu Mac é pra mim, o que a muleta era para Clarêncio...!)...

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  14. Perfeito. Bem como eu lembrava mesmo. Abraços.

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    1. Meu Deus!!!!! Christian??? Aquele Christian Allgayer, filho da D. Ruth, o guri mais criativo do bairro das Pitangueiras, que fazia galhos de chorão virarem cipós, pedaços de madeira virar Nave Estacial e pneus serem o Mach 5?????
      Caramba!!! Essa é uma inimaginável boa surpresa!!!!!!!!!
      Se ainda vires essa resposta, facas algum contato:
      Twitter: @mennabarreto71

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