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segunda-feira, 6 de junho de 2016

diálogos - "...nostalgias."

       Diálogos
(Esse dialogo demorou 27 anos)

Originalmente  publicado no antigo blog
"Menna Comentários", precursor deste.
Data da postagem original: 28.02.2016.
Comentários na postagem original:  3.
Visualizações até ser retirado:  221.


“Raízes não são âncoras… (disse-me a menina ao fazer esta citação:) ‘Na vida, nós devemos ter raízes, e não âncoras. Raiz alimenta, âncora imobiliza. Quem tem âncoras vive apenas a nostalgia e não a saudade. Nostalgia é uma lembrança que dói, saudade é uma lembrança que alegra.’ Mario Sérgio Cortella”

Respondi:

"… mas eu gosto das minhas nostalgias… principalmente se tenho poucas saudades pra sentir de algo que queria ter muito mais saudade..!"

Por Luís Augusto Menna Barreto

34 comentários:

  1. Bahh!!!!!
    Que tenhamos nostalgias...pra sempre!!!!
    Buscamos as realizações dos sonhos, para que possamos ter as saudades...

    ...pra sempre!!!

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    1. Ah, Silvina! Não quero mais ter saudade. Quero ter presença.

      Abraço, amiga!
      Aí tá muito frio?

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    2. Ana, aqui está muito frio!!!!!

      Sem dúvida, a presença é fundamental. Mas há momentos na vida que o que podemos ter são nostalgias...saudades... Às vezes, como diz o amigo escrevedor, gostaríamos de ter muito mais saudade de algo que não se viveu.
      Bora lá aproveitar o tempo e viver mais , para termos mais saudades, e estas, talvez, façam com que tenhamos mais presença... Pra sempre...

      Um grande abraço!!

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    3. Mas o que deixa saudades, não é a presença que foi boa...???
      Perdoem-me... eu quero ter saudades sempre... saber que tive as presenças boas ao meu lado....

      ... não tem várias pessoas diferentes que nos deixam saudades, e que estão em lugares diferentes, daquelas que seria impossível a gente visitar ou ser visitado ao mesmo tempo... quero saudade de uma na presença da outra....

      Ouvi um padre falar: saudade é o que fica de bom, de alguém que não está...!
      Gosto de ter...!

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    4. Não gosto de ter, embora eu seja cheia de saudades. E dói demais. Tenho saudade até daquilo que não aconteceu. Se eu dissesse que gosto de sentir saudade seria pura retórica.

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  2. Nobre, escritor! Eu não tenho como tecer um comentário digno... Na Noite Nua não há ancoras... se perderam num mar tenebroso, tal qual o poema "O Monstrengo", do Fernando Pessoa. Raízes? Se partiram, quando criei asas firmes e fui aos céus, tal qual "Voa Liberdade", do saudoso Jessé. Resta-me, na ausência da competência de falar... Aplaudir!

    Estrofe I, do Poema "O Monstrengo", de Fernando Pessoa:

    O MOSTRENGO
    O mostrengo que está no fim do mar
    Na noite de breu ergueu-se a voar;
    À roda da nau voou três vezes,
    Voou três vezes a chiar,
    E disse: «Quem é que ousou entrar
    Nas minhas cavernas que não desvendo,
    Meus tectos negros do fim do mundo?»
    E o homem do leme disse, tremendo:
    «El-Rei D. João Segundo!» (...)

    A canção do Jessé:

    "Voa, voa minha liberdade
    Entra se eu servir como morada
    Deixa eu voar na sua altura
    Agarrado na cintura
    Da eterna namorada

    Voa, feito um sonho desvairado
    Desses que a gente sonha acordado
    Voa, coração esvoaçante
    Feito um pássaro gigante
    Contra os ventos do pecado

    Voa, nas manhãs ensolaradas
    Entra, faz verdade essa ilusão
    Voa, no estalo do meu grito
    Quero ver teu infinito
    Nesse azul sem dimensão

    Voa, no estalo do meu grito
    Quero ver teu infinito
    Nesse azul sem dimensão
    Voa, voa minha liberdade

    Voa, coração esvoaçante
    Feito um pássaro gigante
    Contra os ventos do pecado
    Voa, nas manhãs ensolaradas
    Entra, faz verdade essa ilusão"

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    1. Que lindo o seu comentário, Yuri! Muito bom, ter-lhe conosco, para mais apreciarmos e deliciarmos com tais comentários.

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    2. Sedrick, onde deixaste meu irmão?

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    3. Sedrick, venha também pra Fortaleza-CE, em Novembro! Um encontro de amigos que apreciam a poesia/café/abraços/risos... Será bem vindo!

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    4. Sedrick e sua "Noite Nua" em fortaleza?!

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    5. Ana Macedo,

      Aqui. Apreciando os caminhos do Menna Barreto.

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    6. Ah, que saudade de ouvir Jessé nas rádios, como eu ouvia nos anos 80/90...
      Penso que tudo tem suas virtudes e ônus.... gosto das raízes muitas vezes... em outras, gosto das asas...
      ... gosto das flores plantadas e das que voam...

      ... Sedrick, eu sei que tem asas... e o poeta Lualves...? Planta-se e floresce, ou faz-se asas e pousa somente às vezes...??

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  3. Ah, poeta! Realmente, "saudade é uma lembrança que alegra!" Que sejamos raízes... Que sejamos a saudade de alguém... Mas a nostalgia sempre existe...

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    1. Não, Norminha, não mais quero ter saudade. Quero ter lembranças sem dor. Quero ter esperança, almejar o que há de vir.

      Quero ir à Fortaleza em novembro.

      Abraço, Norminha!

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    2. Eu lhe espero!
      Fortaleza lhe espera e depois sentiremos saudade!

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    3. Ah, professora.... a Escritora certamente tem suas razões para não gostar de saudades....

      ... mas eu, aqui, tão curioso de caminhos, ainda, penso como tu: quero ir em Fortaleza, e trazer de lá, saudades!!!!

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  4. Não sei bem a diferença entre isso e aquilo, POETA. Sei apenas, como Maria Alecrim, personagem do livro MALVA, de uma certa autora, que sinto, às vezes, "uma saudade indefinida", saudade daquilo que não sei o que é.

    Mas...saudade dói, sim. Saudade não me alegra.

    Talvez, nostalgia seja tristeza sem saudade. Ou não?

    Só sei que tudo dói. E dor é dor. E dor maltrata...

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    1. Essa "certa autora" é Ana Isabel Rocha Macedo. E Malva é uma das obras que me marcou profundamente! Agora, sim posso dizer... Boa noite a todos!

      Caro Menna Barreto,

      Eu tenho tantas raízes e coleciono âncoras
      Tenho-as, mas não me prendem...
      Lembram-me que posso ir e vir
      E voltando, posso ficar.
      Entretanto, nem sempre foi assim. É que aprendi os segredos da Poesia "isturdia", como se diz no sertão de dentro de onde venho. Sou catingueiro, poeta. Minha raiz é de mandacaru. Minha âncora é pura ousadia . Eu ousei ir ver o Mar....

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    2. Malva eu já li, Lualves e foi um dos únicos 3 livros que me fez chorar em toda a minha vida...!

      ... E, escritora.... o que seria de nossas lembranças sem saudade...? Só olhar prá trás com algum vazio..?? Ah, essa dor eu quero sim...!!

      quero ter saudade do meu pequeno joão a cada segundo que não estou com ele, saudade das pessoas que gosto, dos lugares que vi... quero um enorme saco de saudades para levar sempre comigo.....!

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    3. Pois eu não quero. É que tu nunca tiveste uma saudade absoluta, profunda e sem jeito. Uma saudade que depois de esmagar a alma da pessoa, pega os fragmentos restantes e macera cada um deles, para depois peneirar o pó em que se transformou o que um dia foi alma, pelas estradas do que se tem ainda de viver.

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  5. Também gosto de ter algumas “âncoras”. Mas as raízes de algumas saudades me levam para outros tempos, para desejos de dias melhores...
    Entender nossas raízes é voltar à origem. É voltar a olhar, com olhos de criança, tudo aquilo que nos motivou, de alguma maneira, a tomarmos certas decisões para novas buscas, novos enredos... É olhar pessoas que não mais estão em nossa presença, mas que carregamos em flores dentro de nós... São flashes em passado que geram luzes de esperanças no presente....
    É preciso ter cuidado, já que as raízes podem nos privar de crescimento. Podem nos congelar em medos e indecisões. Mas... podem também nos firmar no que há de melhor em nossas intenções.
    Porém, com âncoras: paro (por algum tempo), vivo (intensamente), parto (com esperanças de retorno!). E no que posso voltar, repito alguns movimentos de vida e crio novos!
    (...)
    Mas nada é uma coisa só. Não falo em “verdades absolutas”!
    Que todos possamos usufruir de momentos em que somos RAÍZES ou ÂNCORAS.
    E, na lembrança de cada um desses, alimentemos nostalgias e saudades, para que tenham suas devidas “estações” em nossas memórias!

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    1. Ah, poetisa.... como é suave ler-te.....
      A vontade que tenho é pegar teu comentário e simplesmente reproduzir como resposta a todos....!!!!!!

      Dizer o quê, se só concordo???

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  6. Saudade e nostalgia...sempre teremos!!! Temos situações que sentimos saudades, mas que poderemos repetir de outra forma, mas há nostalgias que jamais poderão ser vividas ao menos parecida, por isso dói!! O que fazer ao sentir um desses??? Viver e saber viver cada fase da vida, cada momento, pois estes jamais serão os mesmos, aproveitar, tirar os aprendizados e dar valor para tudo e para todos que de alguma forma nos alegram e nos ensinam...VIVER!!

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    1. Verdade, Camila...
      O segredo é ir guardando o que de bom fica em um e outro, e ir aprendendo....!!!

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  7. Saudade ou nostalgia...
    Quem não as sentiu algum dia?
    Não se morre de saudade. Vive-se com ela. Talvez essa seja a maior dor que ela nos causa.

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    1. Que lindo, Maria....
      "Não se morre de saudade. Vive-se com ela."
      ah.... que lindo........
      Não se morre "de"... mas quero morrer "com"....!!!

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  8. Nostalgia e saudade caminham juntas. Quero sentir saudade até dos meus momentos de nostalgia. Isso é a vida!!!

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    1. ... e jamais quero ter nostalgia dos meus momentos de saudade... porque quero eles sempre comigo... (os momentos de saudades)!

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  9. Tanta saudade da juventude e do seu frescor...tantos sonhos não vividos e perdidos no tempo...saudades, nostalgias, raízes, âncoras sou um pouco de cada...cada dia danço a música que a vida toca e vou levando até o dia que Deus permitir....

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    1. "... cada dia danço a música que a vida toda..."
      Que bonito. Que sábio... não seria isso que Sater queria dizer?:
      "Penso que cumprir a vida seja simplesmente
      compreender a marcha e ir tocando em frente..."
      Que lindo, Tel!!

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  10. Todos os nossos sentimentos são oriundos da nossa vivência, sejam âncoras ou raízes acredito que estão ligadas as circunstâncias. Saber como diferenciá-las e utilizá-las nos momentos de nossa vida depende da experiência do passado a situação do presente e a expectativa do futuro.

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    1. Dr. Izamir... exato, como lhe é peculiar... É preciso olhar pra trás e aprender....!!!!!!
      Mil obrigados...!!!

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  11. Nostalgia para mim tem um sentido positivo. Não sei dizer se dói porque aceito o fluxo do tempo. Fico alegre em ter memórias para reviver nostalgicamente. As boas nos trazem alegria. As doloridas sabedoria e resiliência para prosseguir. Me lembram a felicidade de estar viva e ter vivido.

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    1. Penso, Thaís, em como seria triste a vida, sem as lambanças... e estas, quase que invariavelmente trazem-nos alguma nostalgia... parece que o tempo, a tudo conforma com seu passar....!

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