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quarta-feira, 8 de junho de 2016

poesia de ver - "... castelos!"

Poesia de ver:
Originalmente  publicado no antigo blog
"Menna Comentários", precursor deste.
Data da postagem original: 02.03.2016.
Comentários na postagem original:  1.
Visualizações até ser retirado:  178.




Às vezes, meus castelos eram tábuas que sobravam de uma construção...

... outras vezes, eram de areia...

Uma vez, tive um castelo de tijolos, atrás de um muro...

E todos eles me protegiam porque eram inabalavelmente fortes...

... fortes como este castelo de folhas que protege tanto o menino.



Imagem e texo por Luís Augusto Menna Barreto
(Na imagem, meu pequeno João, a melhor parte de mim mesmo)

33 comentários:

  1. Os castelos sempre foram usados pra proteger seus senhores e os seus. Significavam nobreza pelo porte e do título do proprietário e servia tb pra proteger a população do entorno. Os nossos castelos são criados de acordo com as nossas necessidades temporais e espirituais (as religiões). A proteção é divina na sua essência e nós trás proteção na vida terrena principalmente quando na busca da vida eterna. Sejamos pois tijolos não pra construir pontes que separam mas pra construir castelos que agregam e protegem o povo das intempéries da vida.

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    1. Sejamos, acima de tudo, "construção"... sejamos "em construção", quem sabe como o operário do poeta: "Era ele que erguia casas, onde antes só havia chão / como um pássaro sem asas / ele subia com as casas / que lhes britavam da mão"
      Obrigado, Dr. Izamir.

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    2. Muito bem lembrado, Izamir, OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO, para mim, é um dos poemas mais bem tecidos por Vinicius de Morais.

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    3. Ah! Enganei-me! Foste tu, POETA, que citaste Vinicius. Tem nada não! A gente se engana na vida, quanto mais em um comentário

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    4. Citei... mas foi pela inspiração do texto do S. Izamir...!!
      Esse poema, aprendi na escola, quando tinha 14 anos e, mais tarde, aos 16, um professo citou-no na faculdade, na cadeira de introdução ao estudo do direito... e nunca mais esqueci!

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  2. Bom dia a todos!

    Menna, nunca tive eu castelos... nem em sonho. Sonhos, tive-os muito. Castelos, não. Entretanto, o desfecho do teu escrito tocou meu coração. É que fui menino a correr entre a folhagem da caatinga, no sertão baiano. Na maioria das vezes não eram verdes. Mas havia uma beleza triste naquela secura. Eu, menino, sonhava e corria entre os garranchoa das terras de meus avós. Coisa boa é letra... transporta-nos. Salva-nos! Falo por mim. Saudações poéticas!!!!

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    1. Ah... mas mesmo na caatinga, houve, aí por tuas terras nordestinas, um tal Conselheiro, contado por Euclides, que, se não ergueu castelo, era tido como rei...
      ... e tão devoto ao rei (com ou sem castelo) eram, que de todas as batalhas do país, esta me pareceu, sempre, a mais grave, porque, como contou Cunha, o Euclides, Canudos não se rendeu... e até o último homem, lutou e morreu pelo castelo!

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  3. Os castelos dão sempre a impressão de segurança... bem se ver através da foto, o teu menino como sendo protegido... És o castelo dele na forma humana! Um dia ele será o castelo de alguém! Mesmo na sensação de fortaleza, dás um toque de sensibilidade quando escreves. Obrigada! Um abraço, poeta e a todos que aqui se achegam...

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    1. Ah, professora... se hoje sou castelo do meu pequeno João, haverá ele de ser meu castelo o amanhã...
      ... o que cuida, será cuidado. O que protege, será protegido...
      Mil obrigados, professora...!!

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  4. Os castelos mais simples parecem os mais seguros... guardam os preciosos sonhos. Lhe entendo... és um poeta.

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    1. Como é bom ser entendido, guria... como é bom...!
      Mil obrigados...!!!

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  5. E vocês nem vão acreditar...
    Mas os castelos continuam a exercer um verdadeiro fascínio sobre mim. Dos reais aos imaginários.
    A partir deles é que desenvolvemos esforços para realizar nossos objetivos de vida.Coisas grandiosas são o resultado de castelos elevados, sonhos construídos, sem censura, numa imaginação fértil, a partir dos nossos valores.
    Admiro os que constroem castelos para nos fazerem lembrar que o sonho ainda é possível.
    Amei o seu castelo de folhas, poeta, e o menininho meio escondido entre o verde.
    E mando um abraço pra ti, Norminha.

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    1. Esse castelo, Maria, é uma árvore alta na frente da casa da minha mãe, lá no interior do Rio Grande d Sul... ... e o menino, escalador urbano, de escadas e elevadores, viu-se rei, podendo sentir folhas, arranhar-se, sentir o frio na barriga de quase cair.... ... e o rei, era menino...!
      Obrigado, Maria!

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  6. Os castelos são como fortaleza...nos remetem grandiosidade!!! Não importa o tipo, todos têm o seu destaque!!! É tão bom nos sentirmos protegidos...pode ser por um castelo ou até mesmo por uma majestade, o que importa é sentir que estamos seguros!!

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    1. E, ainda assim, essa segurança que falas, Camila, é uma questão de como vemos... Seguro estava eu, com a vida, ao ver meu pequeno rei, sumir entre as folhas da árvore... seguro de que o melhor de mim viveu em outro... que o sangue se perpetua... que o sorriso que plantamos, reflete, depois, de forma tão terna, do rei que nos chama de pai, que nos chama de mãe... ahh..... como é bom essa segurança!

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  7. Vejo em seus castelos,três fases de vida amigo poeta: A primeira, é a fase da construção dos nossos ideais...mas a madeira..pode ser queimada, ou até mesmo sucumbir ao vento... então, mudamos os planos! A segunda, é a fase das loucuras da juventude...idealizamos um sonho, uma carreira, uma vida... ao nosso ver juvenil: perfeita! Construímos um castelo de areia...e a água..o vento levam num piscar de olhos, este castelo ao meu ver poeta gera nossas lágrimas. A terceira fase, vejo como aquela em que conquistamos nossos principais objetivos,alguns sonhos até realizamos, mas apesar da aparente proteção dos tijolos e muros, descobrimos que ainda somos vulneráveis... aos invasores, aos oportunistas, a maldade humana.E o castelo que nos parecia tão forte e seguro,acaba por nos decepcionar também. Então... encontramos um motivo para viver, um castelo natural, cheio de vida, que tem raízes firmes, sentimentos sólidos, e fazemos desta árvore, que poderia parecer à todos frágil...um porto seguro, e a única coisa que nos dá segurança, que vale a pena lutar por ela, e que depende de nós....só precisamos regar, tratar com carinho, amor e ela frutificará. De todos os castelos, amigo poeta, o que é mais resistente... é este, simples, bonito, forte e que nos dá vida e razão de viver!
    Lindo, lindo, lindo demais amigo poeta. que coisa mais linda este sentimento! Parabéns sempre!

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    1. Incrível como tua generosidade e gentileza viram muito além do que eu mesmo poderia saber transmitir...
      ... vi meu pequeno João, ali, tão forte, tão firme em meio hesitante subida na árvore, tão feliz, que o vi seguro, vi-o rei... lembrei das minhas árvores na infância, do quanto passávamos dias a construir e imaginar nossos castelos, e, depois, protegidos, protegíamos o castelo.
      Eu me revejo no sorrindo do pequeno João, e sei-me, também, rei...
      Ah, Amiga... acho que meus castelos já estão feitos... já me sinto, em muito, realizado... e aquele sorriso escondido no meios das folhas, a tudo me justifica.
      Mil obrigados.

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  8. Não me pergunte o por quê... Mas hoje, visualizando e lendo esta poesia pela segunda vez, me veio o "eu" das Crônicas do Pilha! Me parece um pensamento puro, inocente e tão convícto vindo dele!!

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    1. Ah.... o Pilha.... parece que me vem visitar ainda este mês... contar novas aventuras...
      ... quem sabe se essa não é a mesma árvore que Pilha sobe com seu amigo, de onde ele vê as "cutucadoras de celular", o Ranho, o Uálquin...
      Quem sabe não é Pilha o réu do castelo mais lindo....?
      Mil obrigados, guria...!

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  9. Meu castelo era dentro de uma parede.

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  10. Sim, foi o meu primeiro castelo. Ele ficava dentro de uma parede. Era secreto.

    Depois, meu reino transferiu-se para uma árvore e lá eu construi um castelo magistral, porque de lá eu via o mundo inteiro.

    O primeiro castelo teve como argamassa na construção o primeiro livro que foi meu, do qual me lembro também da textura, do tamanho e até do cheiro.

    Nada disso foi fantasia. Em minhas lembranças tudo isso está armazenado nos quartos onde descansa a realidade.

    E o mais bonito é que o primeiro castelo foi construído tendo como argamassa o primeiro livro de literatura que foi meu, do qual me lembro também da textura, do tamanho e até do cheiro, Alice no País das Maravilhas.

    Para a construção do segundo castelo, mandei buscar barro de diversos lugares, areia de diferentes regiões, pedras daqui, dali e de acolá

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    1. Espero, escritora, poder, ainda, dar-te de presente, mais algum tijolo, alguma argamassa... quem sabe um pedacinho de parede...

      .... teu castelo, parece ser o mais bonito... espero que as portas estejam abertas.. quero entrar..!

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  11. Em cima de meu castelo construído em certa árvore, de certo pomar, eu olhei o mundo através de muitos romances. Sempre gostei das narrativas e, como hoje ainda gosto, continuo olhando o mundo da torre do meu castelo , que há muito, foi implodido, porém, depois, reconstruído dentro de mim.

    Vê, pois, POETA, deixa teu menino no castelo da árvore. Um dia ele dali vai sair, mas o castelo nunca sairá dele. De lá ele enxerga o mundo, podes crer!

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    1. ... de lá, o pequeno João enxerga o mundo... ... de lá, enxergo rei o pequeno João...!

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    2. Parabéns poeta...muito linda sua poesia de ver com seu pequeno rei João...

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    3. A, grande amiga Tel.... os castelos que eram nossos, agora são deles... o riso que tinha nos lábios agora é o dele, que me faz sorrir mais forte com meu coração!!!

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  12. Os castelos que não vejo mais estão ao meu redor são a os braços de DEUS a me guardar, muito lindo Dr. temos todos os dias castelos ao nosso redor

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  13. Os castelos que construímos dentro de nós são os que verdadeiramente nos servem de refúgio. São as moradas da alma. São feitos de sonhos, dores, amores e alegrias. E impossível arruiná-los. Não há como apagar a Vida.

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  14. Acho que quando a gente é criança, vamos sempre construindo esses castelos... e para nós, enquanto crianças, conseguimos materializar... como a árvore do menino...!

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