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sábado, 12 de janeiro de 2019

Terceiro Micro Conto de Amor /// Third Micro Tale of Love


Ele trabalhava muito… e sempre que chegava em casa, em seu Jaguar, a menininha via-o sair do carro usando aquele terno maravilhoso, e corria para ele. Antes que ela conseguisse abraça-lo, ele lhe entregava um presente, tocava em sua cabeça e ia para o escritório que tinha também em casa, atender mil telefonemas, e fazer video conferências. 
… era sempre um maravilhoso presente.
Depois de algum tempo, ela notou que ele andava mais tenso nas suas video reuniões. 
Até que passou algum tempo, e ele não apareceu mais naquele carro grande. Não usava mais ternos maravilhosos.
Ela o via em pé, rezando, pedindo para que Deus fizesse tudo voltar a ser como antes.
Até que passou algum tempo, e ela viu quando ele desceu de um ônibus, usando uma camisa comum, com o nome de uma loja. Ele não trazia nenhum presente. Sem ter presente nas mão para dar para a menininha, ela correu para ele, e pode abraça-lo.
Como não havia mais video conferências a serem feitas, ele ficava sentado, no pátio da casa simples para onde se mudaram, e ficava com ela até o sol por-se.
Algum tempo depois, ela passou a ve-lo ajoelhado, rezando. Ele não pedia. Ela o via agradecer.
Ele havia compreendido que amor não era dar.
Havia compreendido que amor, era dar-se.

Por Luís Augusto Menna Barreto



Third Micro Tale of Love

He worked hard ... and every time he got home, in his Jaguar, the little girl watched him get out of the car wearing that wonderful suit, and ran for him. Before she could hug him, he handed her a gift, touched his head and went to the office he also had at home, answering a thousand phone calls, and making video conferences.
... it was always a wonderful gift.
After a while, she noticed that he was tense in his video meetings.
Until some time passed, and he did not show up in that big car anymore. He wore no more wonderful suits.
She saw him standing, praying, asking God to make everything go back to the way it was before.
Until some time passed, and she watched as he got off a bus, wearing an ordinary shirt, named after a shop. He did not bring any gifts. Without having gifts in hand to give to the little girl, she ran to him, and can hug him.
As there were no more video conferences, he sat in the courtyard of the simple house where they moved, and stayed with her until the sun went down.
Some time later, she saw him kneeling, praying. He did not ask. She saw him thank God.
He had realized that love was not giving something.
He had understood that love was giving to himself.


By Luís Augusto Menna Barreto

17 comentários:

  1. Esse contículo serve para refletir, às vezes se tem tudo e não se tem nada ao mesmo tempo. Perder é necessário para se ganhar. Legal, gostei.

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    1. Exatamente.... pensar se o que a gente tá correndo atrás pra conquistar é o que a gente precisa mesmo ou não...
      pensar que Deus sabe muito mais o que precisamos do que nós mesmos quando pedimos...!

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  2. "Havia compreendido que amor, era dar-se." Pura verdade!!!!!
    É o sentimento mais nobre...
    Ótima reflexão, Poeta!!!!!

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    1. O, amiga... como é bom encontrar-te aqui!!
      Eu gostei muito da inspiração para esse micro conto. De repente, foram vários temas.
      O tema do AMOR... o tema de que a menininha somente conseguiu abraçar o pai, quando não havia um presente entre os dois.
      O tema de perder e descobrir que ganhou.
      O tema de Deus... ele rezava em pé para que tudo voltasse ao que era antes, quando ele tinha um Jaguar e ternos maravilhosos... e algum tempo depois, rezava, de joelhos, em agradecimento pelo que ganhou por perder...!

      Enfim, eu gostei demais de escrever esse pequeno conto!!!
      E gostei mais ainda de ver tu e nossa amiga Nice, ainda por aqui...!
      Um imenso abraço! E muito obrigado!!

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    2. Gosto demais do que você escreve, Poeta!!!!
      Tens uma forma simples e direta pra comunicar-se, sem contar o carisma...!!!!

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    3. Eu fico tão imensamente feliz...!
      Realmente obrigado!
      Eu fico quase sem palavras... realmente emocionado! Obrigado!

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  3. Essa foi escrita para mim, Luís, e, certamente, para cada um de nós. É preciso ter equilíbrio em tudo o que fazemos nas nossas vidas. A correria do dia a dia nos atropela e, normalmente, deixamos de lado o que nos é mais caro: a convivência com a família, uma história deixada de contar para a filha antes de dormir, ou, simplesmente, nos darmos a oportunidade de não fazer nada, e assim podemos refletir no que realmente é importante e queremos para as nossas vidas. É tempo de desacelerar, aproveitar e valorizar cada momento, pois, uma vez perdido, ele não volta mais, e com o futuro virá o arrependimento.
    Obrigado por essa oportunidade de reflexão. Já estou á espera do próximo conto, meu amigo.������������

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    1. Tchê Júnior!!!!
      Eu fico tri feliz com teu comentário!!!
      Seja super bem-vindo!!!
      Eu acho que tu tens razão!!! Eu fiquei muito feliz em ter escrito esta historinha!!!!
      Acho que foi um bom tema e eu também tenho esta mesma preocupação tua!!!!
      Super obrigado!!!

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  4. Essa foi escrita para mim, Luís, e, certamente, para cada um de nós. É preciso ter equilíbrio em tudo o que fazemos nas nossas vidas. A correria do dia a dia nos atropela e, normalmente, deixamos de lado o que nos é mais caro: a convivência com a família, uma história deixada de contar para a filha antes de dormir, ou, simplesmente, nos darmos a oportunidade de não fazer nada, e assim podemos refletir no que realmente é importante e queremos para as nossas vidas. É tempo de desacelerar, aproveitar e valorizar cada momento, pois, uma vez perdido, ele não volta mais, e com o futuro virá o arrependimento.
    Obrigado por essa oportunidade de reflexão. Já estou á espera do próximo conto, meu amigo.👍👍🙏🙏👏👏

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    1. Tchê Júnior!!!!
      Eu fico tri feliz com teu comentário!!!
      Seja super bem-vindo!!!
      Eu acho que tu tens razão!!! Eu fiquei muito feliz em ter escrito esta historinha!!!!
      Acho que foi um bom tema e eu também tenho esta mesma preocupação tua!!!!
      Super obrigado!!!

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  5. Tá muito difícil fazer um comentário sobre este texto,pois temos bastante facetas para começar. Prefiro só ler e ficar meditando que durante a vida queremos tanto e no fim não levavamos nada.

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    1. Acho que no fim das contas, devemos entregar nossa vida à Deus, e confiar...
      Ele sabe sobre nós... Ele SABE sobre todos nós...!!

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  6. A vida terrena é finita, algumas prioridades são essenciais. Seus textos sempre nos levam à reflexão existencial...

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  7. Muito lindo Menna, às vezes quando perdemos algo, tudo parece tão devastador que nem conseguimos imaginar que vamos ganhar algo muito mais valioso que todo ouro do mundo. 👏👏👏

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    1. Deus conhece-nos melhor que a nós mesmos....!!!!

      Obrigado, Sônia!!!!!

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  8. Estou adorando ler teus escritos. Pequenos frascos com perfumes diferentes, contudo a essência mantém mesmo formato, tem vida generosa em abundância. Iniciei minha leitura a um mês, mas tive que colocar no modo off, pois, havia compromisso com outros títulos.
    Agora, dedicação diária até concluir, porém, pelo andar da carruagem, vou querer reler estes drops de Literaturaamenna a qqer tempo. Gratidão te reencontrar Lico Literaturaamenna Luís Menna Barreto.

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