quinta-feira, 18 de agosto de 2016

pensamentos perdidos: AS FLORES - parte 2 de 15

Pensamentos Perdidos


Proêmio

Proêmio
Havia um menino.
Um menino com um saco de bolitas. 
Rei de um castelo que era uma árvore grande.
Como os meus castelos da infância.
Como os teus.
Castelo de meninos.
Infância.
Infância como a que tive.
Como a tua.
Havia um menino.
Um rei com um saco de bolitas.
Um rei que descobriu que seu castelo era mais fraco do que o vento.
Como todos os castelos.
Como os meus castelos da infância.
Como os teus.

Por Luís Augusto Menna Barreto





16 comentários:

  1. Como nossos castelos de areia na beira da praia?
    Ah! Como não lembrar dos castelos da nossa infância...

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    1. Eram tão grandes... tão fortes... tão imensos....
      ... nada os poderia derrubar...

      ... só a água do mar..!

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  2. Ah, Poeta, o meu castelo ficava dentro de uma parede da copa da casa de minha amiguinha Rosa Maria.

    Rosa Maria era mais velha do que eu uns três anos. Era, pois, "MUITO" mais velha do que eu. Foi ela quem me mostrou a parede, por onde eu entrava no meu castelo. Lá tinha tanta coisa fantástica!!! Meu castelo era um mundo mágico!!!

    Vou confessar algo: a casa de Rosa Maria ainda existe. Hoje nela funciona um dos equipamentos públicos municipais. Outro dia, quando eu dividia meu trabalho entre a universidade e a assessoria do prefeito, entrei na "casa de Rosa Maria" e, silenciosamente, fui procurar minha parede.

    Não. Não a encontrei mais. A prefeitura reformara o interior da "casa de Rosa Maria."

    Mas aquela parede ainda existe. Está aqui: dentro de mim.

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    1. Que essa parede tenha portas... tenha janelas... que deixe a luz entrar.... que te faças entrar e sair e levar quem tu quiseres convidar pra conhecer...!

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  3. Com CERTEZA. Minha roda ainda é quadrada, Tel

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    1. A minha, às vezes, é um triângulo!!

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    2. Ah, não, Poeta! Triângulo vai demorar três séculos para virar roda.
      Já o quadrado, não. Conheci um cara que fez seu quadrado virar roda, antes de ele suicidar-se.

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    3. Ele se atirou em um "abismo pra baixo"?!! 😊😊

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    4. Nada disso, Poeta! Ele se atirou em uma "fossa pra baixo".

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    5. Querida Ana, não quis dizer nada subentendido qdo falei da história da roda quadrada, só quis brincar com o "descobri a roda" ...por favor, me explica o que vc achou que eu quis dizer, não entendi mesmo e tb não sei o que é ficar atrás da geladeira, nosso país tem várias maneiras de se expressar, dependendo do local onde moramos, aqui em Fortaleza, dar um gelo, significa ficar indiferente, essa expressão "ficar atrás da geladeira" talvez signifique a mesma coisa...Não sei? Jamais diria algo que pudesse motivar vc entrar em um buraco para esconder-se, Deus me livre, estou sem entender....mas qto a história da sua roda ser quadrada, acho que a minha tb seja, pois preciso de muito "evoluir" pra torna-la redondinha...Bjos escritora querida, se puder me explicar, serei grata!

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  4. "A tempestade vem...me abraça...me devora.
    Em teu manto sagrado bem aventurança
    êxtase e glória.
    Sementes de um amor
    areia e pó
    que o VENTO do deserto carregou
    rasgando a solidão
    retornam os girassóis
    no Templo do Amor..."

    (Miragem - Marcos Viana)

    Esse Vento, do menino do conto, já vi que é forte mesmo...!!!


    .

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    1. Ah....... mais forte do que o menino sabia que poderia ser....!

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  5. O meu castelo poeta, acho que ainda está em construção, fica em reforma permanente...os da infância eram feitos de cartas, um leve sopro os fazia ruir...mas sempre os reconstrui...

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    1. Como deve ser bonito teu castelo...!! Reconstruir-se é sempre sábio...!!
      Ah.... como é bom receber esse teu comentário...!!

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  6. Como sempre morei no litoral, sempre tive castelos de areia. Mas vinha as ondas do mar e os derrubava. Como era bom fazer aqueles castelos...!!! O tempo foi passando e os castelos são outros... uns fortes, outros fracos... vem o vento e derruba um, mas sempre fica algum de pé. Os castelos sempre existirão...

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