domingo, 29 de janeiro de 2017

Um Contículo de Ausência

Um Contículo de Ausência

Por muitas vezes ele caminhou na rua, como fazia agora, com as mãos nos bolsos a touca na cabeça, gola levantada e deixando o vento minuano atingir-lhe dando a impressão que era imune a facas afiadas...
... muitas vezes ele saiu ao vento depois de discutir e dizer, no meio da discussão que ela o sufocava querendo o tempo todo sua atenção... Vestia o casaco e a touca ! Ele gritava! Dizia que amar não era assim! 
"Eu só sei amar assim", ela dizia.
"Então tu não sabes amar!" e batia a porta!
E andava contra o vento.
Até que um dia ele chegou em casa, e não a viu. Não a escutou. ... ficou no silêncio. No vazio. Então, depois de um tempo, estava novamente na rua, no frio, no vento... descobrira que a ausência dela era tão volumosa, que ele mesmo já não cabia mais na casa…


Por Luís Augusto Menna Barreto


24 comentários:

  1. Como é complicada essa relação entre os seres humanos.Entre um casal (nem todos,mas a MAIORIA)é mais complexa ainda.

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    1. ... de novo, Osvaldo Montenegro:
      "Cuidar de amor exige mestria"
      (Da música "Leo e Bia")

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  2. Isso, tem que ser artista pra completar a difícil missão rsrsrs.

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  3. O interessante, é que depois de um tempo de convivência, mesmo com problemas na relação, sempre na iminência de uma separação; quando chega o momento de decidir não é nada fácil. Já vi alguns casos que após separarem, não suportaram muito e voltaram, preferindo continuarem brigando e não sofrerem com essa ausência dolorosa.
    "Leo e Bia" sim, souberam amar!!!

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  4. Às vezes, o fim é preciso, sim.

    Mas...Todos eles são tristes.

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    1. "Acho melhor começar tudo de novo/
      Do que acabar pela primeira vez!
      Nossos sonhos são os mesmos há muito tempo/
      Mas não há mais muito tempo pra sonhar!"
      (Revolta dos Dândis II - Engenheiros do Hawaii)

      Ah.... coloquei mais uma questão sobre Carmela na postagem anterior.....!

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  5. Pois é, conversemos na "outra sala" sobre como fazer isso, tá?

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  6. Como é difícil esta história de amar...
    Amor demais sufoca!
    Amor de menos não parece amar!
    Como fazer?
    Como saber?

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    1. Sabe como, Elisa? (KKKKKKK!)
      Fazendo a fila andar.

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    2. Kkkkk Muito boa esta solução, Ana!!!

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    3. Vê só, Elisa! Estranhou a fila!
      Se ele soubesse o tanto de gajo que anda querendo te paquerar, hein?!

      Ciumou da mana, gaúcho?!

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  7. Ausência...Sentida, vivida, sofrida. Enfim, realidade que se revela quando não achamos o/a que/quem procuramos...

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    1. E é incrível, Roberto, como a ausência vai crescendo e ocupando espaço....!!

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  8. Concordo com a Ana. Dizem que nada como um amor pra curar outro, pois é muito difícil conceituar o que é amor. Então façamos a fila andar.

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    1. Talvez seja mais fácil trocar um amor por outro, do que fazer o caminho de volta ao mesmo amor...!

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    2. O pior, Poeta, é que pode ser, que nem encontremos mais o caminho de volta, por estar tão desgastado.

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    3. Mas é tão bonito quando tentamos... quando procuramos as pistas... nem que seja para tentar reinventar um novo caminho para o mesmo amor...!

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  9. Sempre estamos atrasados no amor. Precisamos sentir falta para começar a relação, precisamos morrer de saudade para manter a relação, precisamos perder alguém para descobrir o quanto era importante em nossa vida.
    Fabrício Carpinejar

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    1. Ah!, Carpinejar e suas sacadas...!!!! Maravilhoso esse trecho!!!
      Um milhao de obrigados!!!

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