O TEATRO
Parte 4 - romance
A maça-do-amor, foi uma das melhores que já comi! Descobri que comer maçã-do-amor com alguém que você gosta muito, é uma das melhores coisas da vida! E, no fim das contas, o dinheiro deu até pra comprar um saquinho de suco de groselha, que nós dividimos.
Ficamos com a cara toda melada daquele caramelo vermelho da maçã, e ainda lambuzada do suco de groselha. Demos muitas risadas. E, no fim das contas, eu estava muito mais feliz. E eu sabia que tinha feito a escolha certa!
Com o dinheiro do Juca na mão, eu caminhei até a entrada do teatro. Da porta, dava pra ver o Conrado sentado ao lado da Luísa. Ele tinha acabado o algodão doce dele e pegava pedaços do da Luísa que ainda tava quase inteiro.
Foi aí que eu decidi!
No dia seguinte, eu tive uma idéia! E, é claro, chamei o Juca! Fomos até o armazém São Luís e dessa vez, não foi pra vender nada. Achamos lá atrás umas caixas de papelão. Depois, fomos até as Lojas Colombo e conseguimos mais caixas. Tivemos muita sorte, conseguimos duas caixas de geladeira! Passamos a tarde toda arrumando. Mas, perto das quatro da tarde tava quase pronto. Atrás do galpãozinho onde o vô do Juca fazia seus trabalhos em ferro, nós montamos o nosso teatro!
Só faltava a gente conseguir inventar uma peça e convencer a Luísa a assistir!
Eu sabia que não ia conseguir arrumar dinheiro pra ir no teatro da praça todos os dias. E muito menos dinheiro pra comprar doces pra Luísa. Então, pensei: e se a gente tiver o nosso teatro? Daí, do jeito que a Luísa gostou do teatro, ela vai querer assistir o nosso também, e eu vou poder olhar direto pra ela, quando eu estiver atuando!
O problema agora era que a gente já tinha o nosso teatro. A mãe do Juca até emprestou um lençol mais velho pra ser a cortina! Mas faltava muita coisa: uma peça, mais atores… e convencer a Luísa a assistir!
O Juca fez um cartaz com um pedaço de papelão e escreveu com carvão: “Tiatro Irmãos Bróder - Vem pra istréia”
— Juca, ficou muito legal!
—Ei, olha lá! A Luísa tá vindo!
— Ai meu Deus! E agora, Juca? Esconde aí!
O Juca colocou o cartaz atrás dele.
— Oi!
Ai ai ai… ela me disse “oi”. E agora?
— Oi, Luísa! — Foi o Juca que disse!
— Eu senti falta de você no teatro, ontem!
Quase desmaiei! Ela sentiu minha falta!
— Eu… eu…
— A gente não entrou — Disse o Juca, mais uma vez! — Nós ficamos planejando nosso teatro! Olha! — e ele mostrou o cartaz!
Os olhinhos da Luísa brilharam!
— Deixa eu participar?
Ela disse isso dando uns pulinhos…!
— Claro! — O Juca de novo, me salvando, porque eu nem conseguia falar!
— Você tá engraçado — ela disse pro Juca — com a boca vermelha!
— Ah, foi que comemos maçã-do-amor, ontem! Ainda não saiu.
— Eu adoro maçã-do-amor!
E ela disse isso olhando pra mim…!
Por Luís Augusto Menna Barreto
Ahhhhh!!! Mas que meninos mais criativos!!
ResponderExcluirE Luísa chegando... Belo trio!!
Encantador...
... e agora...? O que será que encenarão..???
ExcluirOlá, demorei, mas cheguei, para admirar a esperteza desse menino Juca(tem certeza que ele não é parente do Pilha?)e a sua eficiência em ajudar o amiguinho tímido em todas as situações embaraçosas. O bom é que Luísa, parece corresponder a paixonite infantil, bom, muito bom.
ResponderExcluirOi, guria!!!!
ExcluirTu és sempre bem vinda, não importa que horas... e teu lugar está sempre guardado!!!
Juca realmente, parece com um outro garotinho que conhecemos... acho que é bem próprio das crianças!!!
E quanto a Luísa.... ah... ele ter feito a escolha certa, acho que ainda atraiu mais a Luísa... vamos ver se eles conseguirão encenar alguma peça...??!!!
Detalhes desse capítulo me lembraram muito detalhes da infância do escritor.
ResponderExcluirTerá sido apenas coincidência?
E agora???
Como será???
... rsrsrsrsrs.....
ExcluirO amigo Juca, com um avô que tem um galpão e trabalha com ferro (lembro dos porta-vasos, e de tudo tão bonito que ele fazia....)... o carrinho de mão da construção do pai... a amizade leal... ... e até peças de teatro...... teria sido coincidência...???
Já cogitei a possibilidade dessa história, estar retratando a infância do autor e seu amor infantil, procede poeta?
ResponderExcluirAcho que procede mais os amigos e situações....
Excluir...... de uma maravilhosa infância no interior!!!!
Namoro de menino é bom e é sério.
ResponderExcluirEu namorei de 10 a 14 anos com um menino.
Até que um dia... me apaixonei por outro.
Pois é: ESSE é o problema com as meninas.......!!!!!
ExcluirProblema?!
ExcluirOnde está o problema? Em namorar de 10 a 14 anos? Ou em ter me apaixonado por outro?
A vida tem desses movimentos. Todo escritor sabe isso, inclusive Vossa Excelência.
Problema que elas fazem os garotos se apaixonar.... e depois elas se apaixonam por outro.......!
ExcluirKKKKKKK!!!!
ExcluirAh, Excelência, tu és uma gracinha!
Queres dizer que o coração das meninas é mais vagabundo do que o dos meninos?!
Éééé... Quem sabe?!
Mas foi um homem que compôs:
"(...) MEU CORAÇÃO VAGABUNDO
QUER GUARDAR O MUNDO
EM MIM. (...)"
E outro escreveu (mega sucesso dos anos 90!!!):
Excluir“(...) qualquer mulher é sempre assim
Vocês são todas iguais!
Nos enlouquecem, nos esquecem
Já não querem mais...”
(Loiras Geladas - RPM)
Quando eu digo!!!
ExcluirSabe de uma coisa?!
Homem reverencia, admira, gosta mesmo é de homem.
Na verdade, em essência, o homem é um ser homoafetivo.
Mulher, não. Mulher gosta de homem. Mas em se tratando de GOSTAR, homem gosta é de honem.
CORRIGINDO: homem
ExcluirKkkkk ... com as meninas...?!!!
ResponderExcluirTá bom... Poeta!!!!
Que emoção gostosa do primeiro amor!!!
Que emoção gostosa do ..... AMOR!!!!!!
ExcluirEstava sentindo tua falta....!!!!
Então, Poeta!!! Estou toda enrolada, preparando tudo pra chegada da minha queridíssima visita. Feliz demais...!!!!!!!!
ResponderExcluirÉ verdade!!!!!!!
ExcluirQue sejam dias maravilhosos!!!!!
Muito...muito...muito obrigada!!!!
ExcluirAssunto para colocar em dia não vai faltar.... rsrsrs te garanto...!!!!!!
Genialidade ! Nós teatrinho a que participei na escola fundamental só me davam papel de moita e arbustos. Hoje já superei essa mágoa ... Nesse certamente teria chance de um papel mais participativo. Genialidade dos meninos !
ResponderExcluir... Eu cheguei a ser o Lobo Mau, na história da Chapeuzinho Vermelho...
ExcluirE fui um índio num monólogo para um trabalho de conclusão de pedagogia de uma professora minha....
... a, e fui palhaço, em muitas peças de montagem própria, junto com meus amigos de infância!!!
... como era bom poder inventar, reinventar, e inventar-nos...!