Enquanto Esther olhava para a imensa porta de entrada da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, com o coração cada vez mais acelerado, ponderando se entrava ou não, Suellen pedia uma cuia de açaí no mercado do Ver-O-Peso, ao mesmo tempo em que Deyse, no trabalho, ligava para o filho.
Esther sentia um medo real, e por isso hesitava…
Suellen estranhou quando viu a dona da barraca de açaí pegar uma pá e enfiar no isopor com gelo em escama e colocar no fundo da cuia…
Deyse consultou o relógio e ponderou o horário…
“Tem uns postes de luz queimados na rua, Eduardo, não vais tarde pra casa”, disse Deyse, no mesmo instante em que Suellem soltava um “égua, não”, em protesto à dona da Barraca que colocava o açaí por cima do gelo em escamas, enquanto Esther finalmente cruzava a porta da Basílica, de olhos fechados, com sincero medo de que morresse queimada, por jamais ter entrado ali antes e agora ter decidido entrar porque queria pedir a bênção da Nazinha para passar no exame da OAB.
Elas trabalham juntas todos os dias. Todos os dias tem assuntos em comum.
… e mesmo assim, a vida é deliciosamente aleatória…!
Luís Augusto Menna Barreto
11 de dezembro de 2024
PS: Isso tudo realmente aconteceu. Essas meninas maravilhosas trabalham na mesma equipe… e um dia qualquer (aleatório) eu simplesmente parei e as ouvi contando estes fatos ao mesmo tempo, enquanto Deyse, conversando e ao mesmo tempo falando ao telefone com Eduardo, recomendava-lhe que chegasse cedo em casa.
Então eu sorri, e agradeci à Deus, entendendo por um instante, como a vida pode ser deliciosamente cotidiana!
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