segunda-feira, 4 de julho de 2016

diálogos - "...a verdade no som das palavras!"

Diálogos:

Originalmente  publicado no antigo blog
"Menna Comentários", precursor deste.
Data da postagem original: 14.03.2016.
Comentários na postagem original:  1.
Visualizações até ser retirado:  243.

“Você acha mesmo que pensar a dois é amor?” A escritora pergunta-me, da frase de Carpinejar…

"Eu não sei, escritora. Mas é que gosto do som da frase”.

“Também gosto.” 

“Quando o som das palavras lidas é bom, o que está escrito parece verdade, porque não é com o ouvido que a gente escuta… por isso tem mentiras mais acuradas do que a própria verdade…”

Então houve um silêncio entre nós… e o silêncio era a escritora instigando-me a responder sobre seu silêncio.

“… é como teu livro”, continuei: “… que só sei ler no silêncio… é o som do silêncio dele que me invade e me toma…! Por isso não leio no barulho: porque não quero perder nenhum som que escreveste…”

...

Diálogo eletrônico entre mim e a escritora Ana Isabel Rocha Macedo, que escreveu Malva, que me instigou às almas simples; escreveu Heloísa, que me olha da estante de livros, sem eu ter, ainda, descoberto todos os seus sons; e escreve sobre “Carmela”, que tenho lido, ainda em seu generoso rascunho, e me tem tanto ensinado sobre esses silêncios…

O dialogo pode não ter sido exatamente assim… porque às vezes lembro das coisas como “Carmela”… que todos, eu espero, haverão de apreender.


Ave!, escritora!






43 comentários:

  1. Respostas
    1. Gigantes de sensibilidade,de ternura...Gigantes na arte de nos emocionar...
      Ave!!Escritor & escritora...

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    2. Cadê eles...???? Os gigantes...???
      Deixa eu ficar aqui com vocês duas, olhando a escritora...! Ela, eu vejo sim, grandona!!!!!

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    3. Além do que, grandona é uma palavra muito feia, quase um palavrão.
      E tu bem sabes, POETA MENNA, que eu sou pequenininha.

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  2. Caro Menna Barreto,

    “Você acha mesmo que pensar a dois é amor?”

    Sim e não! Eia, já não vos falei que cantar o amor é coisa perigosa?!!

    Eu que já tanto (des)amei e tanto penso, pergunto-me se alguém há de pensar como eu, tipo assim, no instante único de um tempo, de um lugar. Sei não... Já perceberam que certas perguntas são feitas e bastam? São essas interrogações que não se esgotam em um sinal liguistico...

    Quanto ao silêncio, vou aceitá-lo. É nele que escuto esse turbilhão que me invade como uma britadeira no asfalto de meus ais.

    Abraços e saudações poéticas a todos!

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    1. Quero pegar teu comentário, POETA, e grave-lo em bronze... (ainda que seja, como disse Quintana, para que vire um "erro eterno", se erro fosse...)

      Quero colocar numa parede e admirar e ficar descobrindo coisas novas como se faz com pintura....!

      "É nele que escuto esse turbilhão que me invade como uma britadeira no asfalto de meus ais".....

      ......... bora.... venham todos, ver essa pintura feita com palavras!

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  3. O Silêncio!!!! Muitas vezes me é mais contundente do que mil palavras!!!!

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    1. Quando algo nos silencia, Armelinda, cala muito mais fundo em nós.... fala-nos muito mais...!!!
      Mil obrigados por vires aqui!!!
      Bem vinda!!!

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    2. "...fala-nos muito mais...!!!" É verdade Poeta!!!
      Obrigada...!!!


      .

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  4. Ana Isabel,

    Estou aqui ainda pensando nessa pergunta sua sobre a tal frase do Carpinejar. E pensando eu te pergunto: Tu tens a resposta? Malva, Heloisa ou Carmela não a teria? Ainda que essa últimaa esqueça, por hora, das coisas?

    Volto-me ao meu silêncio barulhento...

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    1. Ah.... o grande barato de ter perguntas..... acho que as melhores não são as que trazem respostas... mas novas perguntas.... descobrir perguntas é bem mais divertido do que ter respostas que encerrem o assunto!

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  5. Menna, pensar a dois é telepatia na minha opinião, se olharmos assim podemos até dizer que é amor. Quando se ama alguém, passamos a emitir ondas de energia em direção a quem amamos, e assim, muitas vezes alguém fala o que você pensou!Quanto ao som agradável das palavras, sempre escolhemos a melhor palavra quando nos preocupamos com quem vai ler ou ouvir, quando nossa intenção é boa, queremos que a palavra chegue da melhor forma possível. Nem sempre quando falamos da vida real, podemos usar palavras lindas e positivas, mas tentamos muitas vezes colocar em sons o que em nosso silêncio já não conseguimos mais suportar. Aprecio o silêncio para muitas situações, como você disse, ler por exemplo! Quando escrevemos por intuição ou por emoção, de uma forma ou de outra sempre haverá quem nos entenda, seja no sorriso escondendo o choro ou na palavra escondendo o barulho que há dentro de nosso silêncio! Ótima tarde amigo Menna!!!

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    1. Ah, amiga, mil obrigados....
      Acho que essa é uma resposta adequada (ainda que muitas possam haver)!
      Não há definitivos quando a pergunta envolve "amor"...

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  6. A única coisa que tenho a dizer é que muitas vezes lemos com a alma. Ela nos faz ouvir o som de vozes que só a nós é permitido.
    Sensibilidade, magia, imaginação...
    Sei lá...
    Cada um chame como achar que ouve.

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    1. Mas esse "às vezes lemos com a alma".... é quando queremos, ou quando algo consegue tocar em nossa alma...?
      Nossa alma é aberta a tudo o que lemos, ou só algumas coisas descobrem o caminho até ela..??

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  7. Ah Lu! Se eu tivesse a resposta, não teria instigado o outro POETA a responder sobre o meu silêncio.

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    1. Pra quê respostas..?? Bora pensar em perguntas....!
      Já pensaste que, respondendo, encerraríamos o assunto?!

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  8. Sempre lhe digo que demoro a comentar porque gosto de ler com calma seus textos. Pela postagem de agora vejo que me equivoquei na definição. Confundi calma com silêncio.Suas palavras são aplicadas muito sabiamente para transmitir idéias, sentimentos, sensações,percepções e tantas coisas mais. Soam como música. Se perdermos algumas notas não há como apreciar o conjunto. Ai,ai,ai...quão frustrante é minha pobreza vocabular para expressar toda a emoção que me vai na alma ao deparar-me com esse substancial alimento para o espírito, nos tempos líquidos em que vivemos.

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    1. Thaís..... e teria como dizer melhor o que disseste...?? Que palavras ainda buscarias que falasse em mim, mais do que está posta por ti?!
      Lindo. Profundo. Tocante.
      Não te frustra. Regozija!

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  9. Michele, não é nada de diálogo entre gigantes. O Menna, certa feita, começou com essa brincadeira para se referir a uma conversa entre mim e LuAlves. Em seguida, ele também entrou no papo, e o feitiço caiu sobre o feiticeiro.

    De gigante eu não tenho nada. Sou tão pequenininha... Quase anã.

    XXXXXXXXXXXXXXXX

    Quanto a esse diálogo, isso faz tanto tempo... Tantos silêncios aconteceram depois desse...

    Mas o silêncio tem uma linguagem própria.O silêncio diz,o silêncio expressa, o silêncio espraia, penetra em nós e faz-nos ouvir os sons do nosso mundo de dentro.

    O silêncio, POETA, que te "invade" e que te "toma" não é o meu. Eu não te instigo a responder-me sobre o meu silêncio.

    Sabes por que,POETA? Porque os sons do silêncio que ouves saem de ti.

    Este silêncio, pois, POETA querido, é teu. E é preciso adubá-lo!

    Mas... se tu dele não puderes cuidar? Tu bem sabes que eu te ajudarei a regá-lo.

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    1. Lindo...... silêncio solidário, é sempre o mais bonito...!

      (mas bora organizar e explicar para quem lê - eu entre esses: "POETA" = LuAlves; poeta = euzinho aqui!; escritora = ANA ISABEL, ou ANA MACEDO, ou ANA ISABEL ROCHA MACEDO)

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    2. É, de fato, engraçadinho esse POETA MENNA, não é?

      Já notaram que "euzinho" é muito maior do que "eu"?

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  10. Michele, é bem assim como a Ana falou. Quanto a mim, sou pétala e sonho, nada mais...

    Abraços

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  11. Ai gente!!!Continuo na mesma opinião...
    O que vêm de vocês sejam em diálogos,silêncios...Simplesmente me encanta...
    Lualves sinta-se enquadrado nesse"rol"...

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    1. E não é que sem te ter lido nesse comentário, antes e ali em cima, eu disse que era para colocar o que LuAlves escreveu, em um "quadro", porque havia pintado por letras..???!
      Sinta-se, pois, "enquadrado"!

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  12. ..........
    "É fácil trocar as palavras,
    Difícil é interpretar os silêncios!
    É fácil caminhar lado a lado,
    Difícil é saber como se encontrar!
    É fácil beijar o rosto,
    Difícil é chegar ao coração!
    É fácil apertar as mãos,
    Difícil é reter o calor!
    É fácil sentir o amor,
    Difícil é conter sua torrente!

    Como é por dentro outra pessoa?
    Quem é que o saberá sonhar?
    A alma de outrem é outro universo
    Com que não há comunicação possível,
    Com que não há verdadeiro entendimento.

    Nada sabemos da alma
    Senão da nossa;
    As dos outros são olhares,
    São gestos, são palavras,
    Com a suposição
    De qualquer semelhança no fundo."
    Fernando Pessoa


    Há silêncio...

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    1. Pô, Silvina......
      Silêncio tenho que ficar eu, pra ler Pessoa!

      E fiquei assim, lembrando de um quadro do antigo "Viva o Gordo", do Jô Soares:

      "Ah é, é? Ah é, é?"

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    2. Vês, pois, Silvina, NUNCA dois serão um.

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    3. Querido escrevedor, para dialogar com Gigantes , como tão bem colocou a Michele, outro Gigante...
      E acredito também que continuemos com as perguntas...pra sempre!

      Querida Ana, seremos sempre, um mais um. Com todos os gostos, jeitos, nuances, palavras, saberes...somos únicos!

      Abraços gigantes a todos!

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  13. Silêncio. A verdade no som das palavras. Silêncio. Busco o melhor entendimento sobre o tema " no som das palavras " e me pergunto, existe isso? Penso que sim. Escritores e pensadores escreveram e refletiram sobre o assunto é, abordaram silenciosamente em seus escritos canalizando o entendimento entre duas pessoas e o amor. Dai pôde-se concluir que o silêncio entre duas pessoas e o caminho para o amor e mais, que o olhar entre duas pessoas, silenciosamente, reflete e brilho o amor desde que exista o sentimento do amor. É mais, o simples tato silencioso entre duas pessoas e o amor e isso transcende a poesia porque o amor é verdadeiro, e pleno enquanto que a poesia é linda mas seu escrito pode ser tão somente, um sonho de amor. Concluindo, a leitura silenciosa, envolvente, alimenta a alma pelo conhecimento mas o amor é o amor, e o sentimento puro e nobre que o ser humano busca, incansavelmente, para ser feliz. Silenciosamente projetamos nossos sonhos e ilusões em busca de uma realidade, de um amor à dois e que ele seja perene enquanto de suas existências. É isso aí.

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    1. Ah...... bora ler esse seu comentário, em silêncio....!!!!!!!!

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  14. Bom dia amigos, como é gostoso acordar com 23 graus em Belém. Acho que tudo tem relação com amor, relação e existência. Pra ler estas pérolas tb prefiro o silêncio, o frio e estar sozinho, pois imagino o cenário para o texto, faço um roteiro das cenas e no término da obra construo o meu fim. Tudo igual das novelas de rádio que minha vó escutava e dos livros que lemos e eu tenho as vezes a ousadia de não concordar com o autor criando polêmicas entre eu e ele.

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    1. Que seja sempre viva, em ti, Dr. Izamir, essa ousadia que te faz tão jovem o tempo todo! Que sempre questiones o autor, os autores, que discordes... que tragas os fios de dúvidas que impedem a história de terminar, para que a conversa (barulhenta ou silenciosa) nunca acabe entre nós!!!
      Sempre bem vindo!!!!!

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  15. Ah o silêncio!!! Tem sido meu aliado nos últimos tempo!! Adorando e me identificando com os comentarios!!!
    Bom dia!!!

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    1. Às vezes é do nosso próprio silêncio que recebemos os ensinamentos!
      Obrigado por vires por aqui, guria!!!!

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  16. Existe um dito popular que diz: quem cala, consente, ou seja, o silêncio fala, fala ao coração e essa é a voz primeira, a voz da nossa alma.

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    1. .... tão poucas vezes eu me permito silêncio... e faz-me tanta falta...!

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  17. Respostas
    1. Que fiquemos todos, em algum momento, cada um com seu silêncio....!

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  18. Ah meritíssimo!
    Esse negócio do silêncio foi ontem. Bora virar a página!
    Hoje é dia de CRÔNICA.
    Cadê? ???!!!!!!!!!!!!

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    1. Já foi.... mas com muito atraso..... postei uma do blog antigo... simplesmente não consegui um "grão de tempo" (ave!, Sedrick) para escrever....

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