Kadu e a florzinha
(crônica para crianças)
(Esta história foi escrita para crianças. Meu pequeno João tem um amiguinho muito especial. E é meu pequeno João que me ensina todos os dias, como as diferenças não fazem diferença na amizade!)
O Kadu era um coleguinha novo. E parecia meio diferente…
Nos primeiros dias, eu estranhei um pouco… Tá, vou dizer a verdade. Eu achei ele chato no começo!
Ele nem falava muito com o resto dos coleguinhas. Ficava ali, quieto, e parecia que nem queria olhar pra gente. Daí, no recreio, fazia uns três dias que ele ia para o mesmo lugar e ficava ali, abaixado e, quando a gente tentava passar ali, ele ficava agitado e não deixava, e a gente tinha que passar pela grama.
E teve um dia que o Cacá foi pegar água e, quando tava com o copo na mão, o Kadu veio e pegou o copo da mão dele e saiu correndo. Aquilo me intrigou. Daí, resolvi ir atrás dele. Fiquei espiando de longe. Então, eu vi o Kadu abaixar e jogar a água no chão. Logo depois, tocou a "campa" e todos voltaram pra aula. Mas eu resolvi ir ali ver onde ele colocou a água. Sabe o que eu descobri?
Tinha uma florzinha ali. Bem pequenina. E estava machucada. Acho que alguém pisou nela porque ela tava bem no caminho, na grama que tem entre uma pedra e outra. Todos esses dias, o Kadu tava cuidando da florzinha. Todo mundo passava ali, mas ninguém viu a florzinha machucada. Só o Kadu.
Desde esse dia, comecei a ficar amigo dele.
Ele é diferente. Às vezes, a gente mostra coisas pra ele e ele nem vê… mas tem coisas, que só ele que enxerga! Como a plantinha machucada.
Outro dia eu ouvi a professora falando com a mãe do Kadu. No começo, achei que o Kadu era assim, porque a mãe dele não sabia falar direito. Ela tava contando pra professora que o Kadu era artista. Mas ela não sabia falar direito. Ela falava “autista”…
Eu não sei se o Kadu é artista. Acho que ele é médico. Porque a plantinha ficou boa.
Por Luís Augusto Menna Barreto
Para as crianças não há diferenças, ou gosta ou não. E não importa se o outro é "diferente" dos padrões, ditos normais. A partir do momento que conseguiu olhar o Kadu com curiosidade, o percebeu "normal " e , talvez, mais atento que muitos, pois ele conseguiu identificar e cuidar da plantinha ora machucada. Nasce aí a amizade sem preconceitos.
ResponderExcluirLindo!!!!!
A gente aprende tanto com eles...!!!
ExcluirMuito lindo... realmente só eles enxergam quando ninguém mais consegue enxergar... são anjos... são seres especiais... Já tive tanto desses anjos nas minhas salas de aula... Cada um reage de um jeito... uns interagem... outros têm o seu próprio mundo... E com certeza, eles vêm ao mundo para nos ensinar, o que ainda não aprendemos. Obrigada, poeta, por esse olhar mais além da sensibilidade.
ResponderExcluirNorminha
ExcluirOntem você me perguntou como conseguir o MALVA. Infelizmente, é um livro esgotado. Estou providenciando a reedição.
Agora, o "HELOÍSA - a do povo de Vicente" basta você mandar um e-mail para admelitecopy@gmail.com e solicitar o envio.
Acho que eles pedem o seu endereço para enviar, lhe dão um número de conta bancária e lhe pedem para enviar por e-mail uma comprovação de depósito.
Abraço!
Ok. Obrigada!
ExcluirObrigado fico eu, a ti, professora.
ExcluirFicam todos os teus alunos.
Obrigados a retribuir o carinho de todos os professores, a retribuir tanto empenho, tanto olhar bom... até hoje, sinto-me um pouco "filho" de cada uma das professoras que tive... até hoje guardo com carinho imenso no coração os ensinamentos, as chamadas de atenção, os risos e o sério ensinar que recebi... ah, professora... obrigados ficamos nós...!!!
Lindo!
ResponderExcluirSó crianças tem essa sensibilidade de enxergar com os olhos do coração, os olhos da alma.
Se tivéssemos conosco, só um pouquinho da inocência e pureza das crianças estaríamos vivendo em um mundo melhor.
Amiguinhos como o Kadu, além de especiais são raros, mas imensamente fácil de amá-los.
Que o João continue pra sempre com essa alma generosa e essa alegria que faz dele tão amigo e tão querido por todos que o conhecem.
Um dos maiores motivos de orgulho que tenho pelo João é que, diferente de mim, ele é muito mais sociável. Eu lembro que sempre tive dificuldade para "enturmar-me", para fazer amigos, porque ficava olhando de longe e demorava até entrar no grupo. Nunca era eu que perguntava o nome do coleguinha. Sempre esperava que viessem falar comigo!
ExcluirJá o João, tem essa coisa agregadora, essa vontade de conhecer, essa curiosidade por gente...!
E ele realmente não faz diferença e mais, mostra um enorme carinho por crianças menores, ou com uma ou outra diferença. Ele os iguala o coração e nos olhinhos e, às vezes, parece que nem percebe qualquer diferença... talvez porque para ele, não haja, de fato, nenhuma!!!
Tão lindo o que escreves do seu João...
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirSim, guria.... e Clarice (quase Clarissa do Érico Veríssimo....... ah.......)?
ExcluirEla gostou...???
Quem vê cara não vê coração, quer queiram quer não o Kadu é uma criança extremamente sensível e, por acaso, um adulto viu que sua atitude tinha tudo a ver com o bem querer é assim foi, assim Kadu salvou uma florzinha. Aos demais probleminhas que o Kadu tem de acordo com os relatos da mãe, mais cedo ou mais tarde vai aflorar no íntimo, na personalidade ainda em formação desse menino, um sentimento chamado amor e aí então, ele vai começar a navegar em ondas menos revoltas e viver melhor, com ele e seus amiguinhos, em especial o João, meu neto, que a mais tempo e seu amiguinho. Feliz de quem tem um amigo.
ResponderExcluirFeliz! Feliz de quem tem um amigo. E tem toda a razão: quem vê cara, não vê coração! O João parece que olha, sempre, o coração... às vezes, nem lembra das caras... !!!
ExcluirAhhhh Menna, que lindo!!!
ResponderExcluirPuxa, seu chato... Me fez chorar...
É tão bom ver que tua sensibilidade consegue nos levar à esses momentos... que parecem tão simples, mas não são. Teu cuidado com o que escreve é incrível!!
Sempre gosto dos títulos também!
ExcluirGuria... como é bom ler tua forma direta de falar comigo!!
ExcluirAcho que quem é mãe e pai, sente bem mais essa historinha. Espero que possa ser lida por crianças!
Quanto aos títulos, hoje presto muito mais atenção neles.
Quando comecei no blog, não reparava na importância deles. Em relação às crônicas, por exemplo, foi a partir de uma (no blog antigo) que se chama "Maradona no Juizado Especial" que eu percebi como títulos podem ter influência, como títulos são bacanas de montar. E, hoje, às vezes disponho de um tempo enorme ponderando sobre o título.
O título e os nomes dos personagens são, hoje, objeto de muita atenção minha!
Mil obrigados por haveres reparado nos títulos e por me falar que gosta deles!!!!!!!
Pois é!! Perdoe essa pessoa "direta" que sou... mas é que sinto, apenas as coisas que vejo... que leio... quem acesso... Mas em seguida penso. E penso muito. Por isso observei a delicadeza do teu cuidado com os títulos... admiro. Sintetizar no titulo... chamar pro assunto... Fazes bem. Só acho... rs
ExcluirEntão... Clarice leu o texto...
ExcluirSim, guria.... e a Clarice, quase Clarissa do Érico Veríssimo....
Excluir... gostou???
Ahhh sim!! Diferente de mim... ela deu uma risada... porque o Kadu era "medico de flores"... Perguntei se ela tinha entendido... e ela logo disse: claro! Ele era artista... a mãe dele que não sabia falar...(mãe sempre tem culpa...)
ExcluirÉ bonita DEMAIS esta crônica! Tu te superas sempre. Parabéns!
ResponderExcluirComo eu dizia outro dia, observo que tuas crônicas podem ser divididas, pelos focos de narração, em três blocos, em três naturezas.
Mas agora, depois desta crônica de hoje, eu deva desdizer o que disse e aventar a possibilidade de uma quarta natureza.
Vejamos!
Há um bloco das crônicas cujo o narrador é o juiz, e o foco primordial é a narração das experiências não muito comuns e que têm uma capa de hilaridade. Estas ocorrem sempre no arquipélago do Marajó, onde está localizada a comarca na qual o magistrado-narrador exerce sua função.
Destaco outro bloco que apresenta todas as características do bloco que descrevi anteriormente. Entretanto lhe sobressai aquilo que é falado com menos contundência nas crônicas que insiro no bloco anterior. Refiro-me aos textos em que as condições socioeconômicas das personagens e da comunidade local são apresentadas e analisadas pelo cronista, por meio da fala do narrador.
Um terceiro bloco, cuja a natureza é completamente diversa dos textos que encaixo nos conjuntos primeiros, são as crônicas do PILHA. Nestas, o cronista se espalha e se esconde atrás da narração e dá a condução do enredo à personagem protagonista, que não tem, no texto, um nome próprio. É um menino de rua, partícipe de uma família excluída da sociedade, que narra suas vivências, as quais são “conduzidas”, quase sempre, por seu grande amigo PILHA. A emoção aflora desse conjunto de textos. Contudo, subjaz destas crônicas uma denúncia indireta de uma realidade, cuja a condição de vida de certa camada da sociedade não condiz com os princípios da justiça e da igualdade.
Por fim (e eu não sei se é por fim mesmo), aparece o autor, no dia de hoje, com uma crônica que, segundo o meu achar, não se encaixa em nenhum dos blocos descritos. Neste texto, o autor também se esconde atrás do material linguístico e cede a narração a uma personagem. Todavia, a personagem, no caso, o próprio cronista apresenta, por meio de uma epígrafe, que é o seu próprio filho, João. É um texto cuja emoção transborda, no intento de mostrar a aceitação do diferente, por parte de uma criança.
Não sei se o cronista vai dar continuidade a textos desta natureza, a ponto de formarem um outro bloco. Se for por minha torcida, é claro que vai, pois não é segredo para ninguém o fato de eu eleger, dentre os talentos literários de Menna Barreto, o de cronista como sendo o seu talento de excelência.
Finalizo o meu comentário, mostrando o que escrevi a Luís, imediatamente, depois de ler a crônica KADU E A FLORZINHA:
Mas é tão linda! Tão linda esta crônica que a emoção derrama em meu coração. E aí ficam emocionados minha alma, meu coração e meu corpo.
PARABÉNS!
Então... eu não aguento e choro.
Ana, também já havia percebido nele, essa divisão de blocos (por assim dizer). Nosso poeta se sobressai e me surpreende a cada conto ou poema, seja lá o que for. A veia cômica dele é boa demais. E o que dizer de sua sensibilidade? É algo que transborda e atinge de cheio quem se envolve com a sua leitura. Esse poeta vai longe...
ExcluirAna Isabel... professora Norminha....
ExcluirNão sei bem o que dizer...
Recebo de braços abertos o elogio!
Ana.... é tão imensamente gratificante ler tua análise, que eu próprio não saberia fazer. Como eu te disse algumas vezes, inclusive em resposta aos comentários, eu nem presto atenção nisso. Simplesmente sento e escrevo.
Ontem, por exemplo (quando escrevi e publiquei esse texto), eu havia pensado em uma crônica de humor, das aventuras na ilha... mas, assim que sentei, simplesmente veio a "vontade" de escrever sobre o "Kadu"... assim, do nada... e escrevi.
A história "veio" e pronto. Não sei explicar como funciona. Normalmente, não escrevo por antecipação. Talvez por isso, não saiba ou não tenha paciência para escrever um romance, como tu, por exemplo, que tens que ficar, certamente, pensando na história, no enredo, e trabalhá-la tempos na tua mente, segurá-la, não deixar fugir ao longo dos dias (meses!) em que estás escrevendo. Já eu, não sei fazer isso. Sento sem saber como terminaria qualquer uma das crônicas... invariavelmente, o arremata vem DEPOIS que começo a escrever.
Lembro, por exemplo, da crônica da "Visagem 2", que quando sentei para escrever, não fazia a menor idéia de como terminaria, ou de como eu resolveria o problema de explicar a "visagem"... daí, comecei a escrever e, enquanto estava com o personagem no "açougue do Retalho", parei para o café. Enquanto tomava, veio a idéia do arremate. Larguei imediatamente o pão que estava comendo, fui ao computador e escrevi a idéia. Terminei. Depois voltei onde eu tinha parado com o pão.
Mas ou menos assim: o pão não fugia. A idéia, talvez....!!!
Mil obrigados!!!
Ahhh desculpa minha intromissão... mas li seu comentário e me deleito com a análise que fazes do textos... só posso admirar... mas preciso te dizer que minha veia emotiva te entende, concorda mas também, como tu... chorei. Lindo tudo!
ResponderExcluirIntromissão nenhuma, Sílvia. Isso é para ser uma conversa mesmo.
ExcluirUm abraço!
Ah, venham sempre conversar...!!!!
ExcluirParabéns amigo tua sensibilidade é algo emocionante fico admirado como vc consegue fazer de nós um grupo emocionado com a sua arte tão bem definida pela Ana.
ResponderExcluirAh, Dr. Izamir...
ExcluirComo é bom saber que por meio desse espaço, de alguma forma as pessoas sentem-se em um grupo...
Que possa, cada vez mais aumentar, se for para trocarmos boas idéias, abraços e sorrisos!! Que seja sempre para dividir boas emoções!!
Olhar com coração de criança é um olhar percuciente e puro. Bela crônica !
ResponderExcluirAh, Dr. Jackson!!!
ExcluirComo é bom ver aqui teu comentário.
Os filhos fazem isso conosco... abrem nossos olhos. Emotivam-nos. Depois de ter filho, até mesmo outras crianças passaram a ser vistas com olhos diferentes...!
E se conseguimos, nem que seja por alguns instantes, ver com os olhos deles... ah... como faz bem...!!
Muito linda crônica !!! Eu que tenho um pouco de contato com crianças autistas, sei que são seres hunamos realmente especiais!!!
ResponderExcluirAh, Flávio. Que bom que gostastes. E, vindo de ti esse comentário, que leva em tua rotina algo desse contato, deixa-me ainda mais feliz!
ExcluirSuper obrigado por vires aqui comentar! Espero que eu possa, ainda, trazer outras aventuras de "Kadu"...!
Que crônica linda!!! As crianças sempre nos encantam de alguma forma, cada uma com sua característica e com algo diferenciador...precisam ser amparadas e cuidadas para desenvolverem suas aptidões, e junto a isso o carinho dos que rodeiam, família, professores, amigos e observadores "geniais" que nem você, com essa sensibilidade pode entender o significado daquela atitude do Kadu!!
ResponderExcluirCamila... super obrigado.
ExcluirMas é assim, né...? As crianças, cada vez que paramos para apreciá-las, encantam-nos!
Assim como teu Murilo, todos os dias, tem algo de novo e surpreendente pra dizer, são todas. Se tivermos, cada vez mais, tempo para observar, como seremos, nós, pessoas melhores...!!
Luís, com certeza a sua crônica foi coisa mais linda e sensível que eu li nos últimos dias!!! Amo crônicas e também amo escrever!!! Mas, não foi por acaso que encontrei o seu blog, na verdade, Ana Isabel, que já foi minha professora, o indicou para Valéria, minha professora, e esta, por sua vez, ao saber que eu gostava de crônicas, o indicou para mim. O mundo precisa de histórias como as suas: cheias de delicadeza e amor! Abraços :D
ResponderExcluirBarbaridade, guria.....
Excluir... que surpresa maravilhosa... uma indicação da indicação.... rsrsrsrs.......
De qualquer forma, tenho medo que tu te decepciones, porque se teu ponto de partida foi a escritora Ana Isabel, ela é por demais generosa nos comentários e não sei até que ponto algum comentário acerca dos escritos meus sejam fruto da generosidade e da gentileza da escritora.
Por outro lado, nem todos os dias de crônicas (publico-as nas terças e nas sextas), são iguais.
Esta, na verdade, é a primeira que escrevi do "Kadu"... espero ter outras aventuras desses garotos para contar. Fora isso, tenho um outro personagem criança pelo qual tenho um imenso carinho: o Pilha. Tenho 5 crônicas, já, do Pilha. Porém, 4 foram publicadas no blog anterior "Menna Comentários", que foi por este trocado exatamente na centésima postagem. Estou colocando neste todas as postagens do antigo, mas aos poucos.
Ali em cima, no blog, há uma "aba" que diz "Pilha". Ali estarão postadas todas as suas aventuras. Por enquanto, apenas a última do Pilha está ali. Mas é uma linha parecida com a do Kadu... porque também empenho nele muito carinho.
Porém, todas as demais, tem pinceladas de humor e é neste rumo que tento descrever o dia a dia das aventuras de um juiz no arquipélago do Marajó.
Espero que voltes. Há mais n blog. Cada dia, um segmento diferente!
As pessoas que tem convivido aqui comigo, são, todas, de minha grande estima... algumas eu conhecia. Outras, passei a conviver por aqui, e anseio o dia de poder abraçar a cada um.
Bem vinda. Serás muito bem recebida se quiseres juntar-se a nós, que, por aqui, temos trocado idéias e construído um bom espaço de literatura, sorrisos e abraços!
Quésia, que surpresa boa encontrá-la aqui no blog.
ExcluirBom, depois do que o Menna disse sobre meus comentários, vou deixar que você mesmo avalie os textos dele, principalmente as crônicas.
Um beijo bem grande! Claro que nos encontraremos por aqui novamente!
Menna, realmente eu sou suspeita para falar de Ana, ela além de ser uma escritora maravilhosa, é uma amiga que a vida me deu e que eu recebi com muito carinho. Na medida do possível continuarei sim a visitá-lo!!
ExcluirAna, farei jus a atividade que me propõe! Será uma experiência agradabilíssima! Abraços
Serás sempre bem vinda, guria...!!!!!!
Excluir... e sempre me trarás um sorriso, ao deixar aqui, alguma pista de tua visita!
Como seria bom se conservássemos no nosso íntimo a magia e a inocência de uma criança! Certamente o mundo estaria melhor.
ResponderExcluirBravo, poetinha! Muito sentimento nas suas palavras.
Maria... como é bom ver-te encontrar-te por aqui!
ExcluirEssa pequena crônica foi-me muito cara, muito terna. É um tema que não conheço tanto, mas que me despertou interesse, ao ver que meu pequeno João tem muita estima por um coleguinha que tem algumas diferenças no comportamento... mas que nem por isso é menos amigo ou menos carinhoso. E vi que, para o João, não havia diferença em ser amigo dele ou de outro.
Daí, a lição que retirei veio como uma bofetada em vários dos pré-conceitos que tenho.
Quis tentar falar disso, mas de uma maneira delicada, sem perder a visão de criança. Como é gratificante ver, por comentários como os teus, que de alguma forma, o resultado pretendido foi atingido, ao ver que há tanta gentileza sendo dividida por aqui!
Mil obrigados, Maria!
Lindo Dr. Menna! Pura filosofia direto da sua sensibilidade!
ResponderExcluirÔ, Thaís.... acho que essa, veio pelo meu pequeno João, que tanto me ensina... Empenhei carinho na construção dessa historinha... a intenção é que possa ser lida por crianças, ou para crianças...!
ExcluirQue crônica linda!!! Kadu, via o que os outros não conseguiam ver. Sempre achei criança mais inteligente que adulto, sendo autista, com síndrome de down ou uma criança sem nenhum destes diagnósticos! Toda criança trás dentro de si a pureza, a verdade, criança não mente...criança sente, percebem facilmente ver, o que a vida apresenta e o ser humano se encarrega de esconder pelos dias corridos... pela pressa, pelo "não tô nem ai". Ver o que os outros não veem os faz ser diferentes, conseguem olhar as coisas através do espelho,e não só o que ele está refletindo! Converse com uma criança como conversa com um adulto, e verá que ela ensinará coisas que você jamais havia pensado, não são as crianças que aprendem com a gente, nós é que aprendemos com elas! Lindo isso.
ResponderExcluirAh, guria... eu converso sim... todos os dias... com meu pequeno João... E todos, todos, TODOS os dias a última coisa que me lembro de dizer antes de dormir, é que ele será para sempre o meu melhor amigão!
ExcluirQue o teu, nem mais tão pequeno, João continue sempre a nós mostrar coisas que não enxergamos... Nos fazer abrir o olho!
ResponderExcluirHistória que toca.
Como teus dois pequenos (eles foram pequenos??!!!), sempre fizeram.... como fazem todos eles... como é bom quando a gente consegue ver...!!
ExcluirJoão e especial assim escolhe seus amigos, seu amiguinho e especial por cuidar do que não valorizamos, quantas vezes na correria não contemplamos nada ao nosso redor......
ResponderExcluirE lindo as pequenas rosas que nos cerca todos os dias, e não vemos 🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌹😍
João, de alguma forma, tem um tato bom para relacionar-se com amiguinhos que tenham alguma diferença... acho que ele simplesmente não vê diferença...!
ExcluirEsse João... Desde pequeno demonstra habilidade na investigação, rsrsrs. Que lindo!!! 👏 👏 👏 👏. Descobre coisas muito importantes sobre seu amiguinho artista, do qual a mãe não sabe falar direito, quando o chama de autista. João reflete um olhar puro, sem maldade, sem preconceito, um verdadeiro olhar de criança. Fico imaginando as vivências do dia a dia desta turma de lindas crianças. Imagino ainda como deve ser um amor 😍, ministrar para elas. Alunos, são pedras preciosas as quais temos a responsabilidade de ajudar lapidá-las. 👑😍😍😍😍💓
ResponderExcluirAh.... e como sou grato e devo tanto às primeiras professoras que tive, que não desistiram de um garoto hiper ativo...!
ExcluirComo é bom lembrar da professora Rosa ensinando-me, em 1977, que "I-vo vi-u a u-va..."
Legal!!! Verdade. Acho que todos nós, guardamos algum professor ou professora especial na lembrança. A lição do Ivo viu a uva. Eva viu a ave. Também estudei com minha professora Eunice.
ResponderExcluir"(...)
ExcluirQuem é de tua cria?
A professora Adélia,
A tia Edilamar
E a tia Esperança.(...)
(O Descobrimento do Brasil - Legião Urbana)
Essa musiquinha maravilhosa traz uma grata homenagem às professoras...!
Rsrsrs, nossa...! Tantas lembranças.. !!! Certa vez li Augusto Curi "pais brilhantes professores fascinantes" lembrei que ele diz, que estes professores (as) que se eternizaram em nossas vidas, são os professores fascinantes. É tão gratificante ser fascinante...
ResponderExcluirEu tenho várias... tantas....
ExcluirProfessora Francelina Mara de Graça Oliveira, a primeira que me disse um dia: "tua nota é diferente... exijo mais de ti, porque tens um estilo próprio..."
E aquela nota menor foi-me tão especial e fascinante...!!!
Professora Yeda, que me em um trabalho de pós graduação, na Faculdade de Santa Cruz, levou-me como protagonista em um quase monólogo de um livro chamado "Port", fazendo-me encenar em frente a professores várias, em uma faculdade quando eu ainda tinha 12 anos... e simplesmente fiquei fascinado por encenar...!
Professora Irma, que tão precocemente foi, e em aula de ciências, ensinava a vida...
Professora Zilda, que cuidava da biblioteca da minha escola estadual de 1º grau Espírito Santo, que tanta paciência tinha com todos aqueles pequeno curiosos e bagunceiros...
ah.... tantas... tantas... Professora Marlene, que deu-me o papel de "Lobo Mau" em "Chapeuzinho Vermelho"....
Professora Silvânia, que na primeira aula de educação física, no 2º Grau, na Escola Santa Terezinha, deu-me uma "sacudida", retirando-me da minha egocêntrica zona de conforto...
Professor Cacau, que muito mais do que vôlei, ensinou-me respeito, espírito (sadio) de competição, ensinou-me a acreditar que podemos ser melhores...!
Tantos.... tanto... quanta gratidão teria, eu, de destilar aqui....
Que lindo...!!! Quão belas recordações... Não há maior recompensa, ou reconhecimento na vida de um professor fascinante, que participa e acompanhar o crescimento e desenvolvimento de alguém que contribuimos com a educação formal. É um sentimento sem palavras para descrever.
ResponderExcluirNão há maior gratidão do que um aluno que reconhece ter chegado mais longe porque teve a mão firma e carinhosa de um professor...!
ExcluirVerdade!!!! O reconhecimento e a alegria formam uma passagem de mão dupla.
ResponderExcluirTão lindo texto!!Ah,como aprendo com minhas crianças (alunos)...❤️
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