Poesia de ver:
Originalmente publicado no antigo blog
"Menna Comentários", precursor deste.
Data da postagem original: 02.03.2016.
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Às vezes, meus castelos eram tábuas que sobravam de uma construção...
... outras vezes, eram de areia...
Uma vez, tive um castelo de tijolos, atrás de um muro...
E todos eles me protegiam porque eram inabalavelmente fortes...
... fortes como este castelo de folhas que protege tanto o menino.
Imagem e texo por Luís Augusto Menna Barreto
(Na imagem, meu pequeno João, a melhor parte de mim mesmo)
Os castelos sempre foram usados pra proteger seus senhores e os seus. Significavam nobreza pelo porte e do título do proprietário e servia tb pra proteger a população do entorno. Os nossos castelos são criados de acordo com as nossas necessidades temporais e espirituais (as religiões). A proteção é divina na sua essência e nós trás proteção na vida terrena principalmente quando na busca da vida eterna. Sejamos pois tijolos não pra construir pontes que separam mas pra construir castelos que agregam e protegem o povo das intempéries da vida.
ResponderExcluirSejamos, acima de tudo, "construção"... sejamos "em construção", quem sabe como o operário do poeta: "Era ele que erguia casas, onde antes só havia chão / como um pássaro sem asas / ele subia com as casas / que lhes britavam da mão"
ExcluirObrigado, Dr. Izamir.
Muito bem lembrado, Izamir, OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO, para mim, é um dos poemas mais bem tecidos por Vinicius de Morais.
ExcluirAh! Enganei-me! Foste tu, POETA, que citaste Vinicius. Tem nada não! A gente se engana na vida, quanto mais em um comentário
ExcluirCitei... mas foi pela inspiração do texto do S. Izamir...!!
ExcluirEsse poema, aprendi na escola, quando tinha 14 anos e, mais tarde, aos 16, um professo citou-no na faculdade, na cadeira de introdução ao estudo do direito... e nunca mais esqueci!
Bom dia a todos!
ResponderExcluirMenna, nunca tive eu castelos... nem em sonho. Sonhos, tive-os muito. Castelos, não. Entretanto, o desfecho do teu escrito tocou meu coração. É que fui menino a correr entre a folhagem da caatinga, no sertão baiano. Na maioria das vezes não eram verdes. Mas havia uma beleza triste naquela secura. Eu, menino, sonhava e corria entre os garranchoa das terras de meus avós. Coisa boa é letra... transporta-nos. Salva-nos! Falo por mim. Saudações poéticas!!!!
Ah... mas mesmo na caatinga, houve, aí por tuas terras nordestinas, um tal Conselheiro, contado por Euclides, que, se não ergueu castelo, era tido como rei...
Excluir... e tão devoto ao rei (com ou sem castelo) eram, que de todas as batalhas do país, esta me pareceu, sempre, a mais grave, porque, como contou Cunha, o Euclides, Canudos não se rendeu... e até o último homem, lutou e morreu pelo castelo!
Os castelos dão sempre a impressão de segurança... bem se ver através da foto, o teu menino como sendo protegido... És o castelo dele na forma humana! Um dia ele será o castelo de alguém! Mesmo na sensação de fortaleza, dás um toque de sensibilidade quando escreves. Obrigada! Um abraço, poeta e a todos que aqui se achegam...
ResponderExcluirAh, professora... se hoje sou castelo do meu pequeno João, haverá ele de ser meu castelo o amanhã...
Excluir... o que cuida, será cuidado. O que protege, será protegido...
Mil obrigados, professora...!!
Os castelos mais simples parecem os mais seguros... guardam os preciosos sonhos. Lhe entendo... és um poeta.
ResponderExcluirComo é bom ser entendido, guria... como é bom...!
ExcluirMil obrigados...!!!
E vocês nem vão acreditar...
ResponderExcluirMas os castelos continuam a exercer um verdadeiro fascínio sobre mim. Dos reais aos imaginários.
A partir deles é que desenvolvemos esforços para realizar nossos objetivos de vida.Coisas grandiosas são o resultado de castelos elevados, sonhos construídos, sem censura, numa imaginação fértil, a partir dos nossos valores.
Admiro os que constroem castelos para nos fazerem lembrar que o sonho ainda é possível.
Amei o seu castelo de folhas, poeta, e o menininho meio escondido entre o verde.
E mando um abraço pra ti, Norminha.
Esse castelo, Maria, é uma árvore alta na frente da casa da minha mãe, lá no interior do Rio Grande d Sul... ... e o menino, escalador urbano, de escadas e elevadores, viu-se rei, podendo sentir folhas, arranhar-se, sentir o frio na barriga de quase cair.... ... e o rei, era menino...!
ExcluirObrigado, Maria!
Obrigada, Maria Zélia...
ExcluirOs castelos são como fortaleza...nos remetem grandiosidade!!! Não importa o tipo, todos têm o seu destaque!!! É tão bom nos sentirmos protegidos...pode ser por um castelo ou até mesmo por uma majestade, o que importa é sentir que estamos seguros!!
ResponderExcluirE, ainda assim, essa segurança que falas, Camila, é uma questão de como vemos... Seguro estava eu, com a vida, ao ver meu pequeno rei, sumir entre as folhas da árvore... seguro de que o melhor de mim viveu em outro... que o sangue se perpetua... que o sorriso que plantamos, reflete, depois, de forma tão terna, do rei que nos chama de pai, que nos chama de mãe... ahh..... como é bom essa segurança!
ExcluirVejo em seus castelos,três fases de vida amigo poeta: A primeira, é a fase da construção dos nossos ideais...mas a madeira..pode ser queimada, ou até mesmo sucumbir ao vento... então, mudamos os planos! A segunda, é a fase das loucuras da juventude...idealizamos um sonho, uma carreira, uma vida... ao nosso ver juvenil: perfeita! Construímos um castelo de areia...e a água..o vento levam num piscar de olhos, este castelo ao meu ver poeta gera nossas lágrimas. A terceira fase, vejo como aquela em que conquistamos nossos principais objetivos,alguns sonhos até realizamos, mas apesar da aparente proteção dos tijolos e muros, descobrimos que ainda somos vulneráveis... aos invasores, aos oportunistas, a maldade humana.E o castelo que nos parecia tão forte e seguro,acaba por nos decepcionar também. Então... encontramos um motivo para viver, um castelo natural, cheio de vida, que tem raízes firmes, sentimentos sólidos, e fazemos desta árvore, que poderia parecer à todos frágil...um porto seguro, e a única coisa que nos dá segurança, que vale a pena lutar por ela, e que depende de nós....só precisamos regar, tratar com carinho, amor e ela frutificará. De todos os castelos, amigo poeta, o que é mais resistente... é este, simples, bonito, forte e que nos dá vida e razão de viver!
ResponderExcluirLindo, lindo, lindo demais amigo poeta. que coisa mais linda este sentimento! Parabéns sempre!
Incrível como tua generosidade e gentileza viram muito além do que eu mesmo poderia saber transmitir...
Excluir... vi meu pequeno João, ali, tão forte, tão firme em meio hesitante subida na árvore, tão feliz, que o vi seguro, vi-o rei... lembrei das minhas árvores na infância, do quanto passávamos dias a construir e imaginar nossos castelos, e, depois, protegidos, protegíamos o castelo.
Eu me revejo no sorrindo do pequeno João, e sei-me, também, rei...
Ah, Amiga... acho que meus castelos já estão feitos... já me sinto, em muito, realizado... e aquele sorriso escondido no meios das folhas, a tudo me justifica.
Mil obrigados.
Não me pergunte o por quê... Mas hoje, visualizando e lendo esta poesia pela segunda vez, me veio o "eu" das Crônicas do Pilha! Me parece um pensamento puro, inocente e tão convícto vindo dele!!
ResponderExcluirAh.... o Pilha.... parece que me vem visitar ainda este mês... contar novas aventuras...
Excluir... quem sabe se essa não é a mesma árvore que Pilha sobe com seu amigo, de onde ele vê as "cutucadoras de celular", o Ranho, o Uálquin...
Quem sabe não é Pilha o réu do castelo mais lindo....?
Mil obrigados, guria...!
Meu castelo era dentro de uma parede.
ResponderExcluirExplica, escritora......
ExcluirSim, foi o meu primeiro castelo. Ele ficava dentro de uma parede. Era secreto.
ResponderExcluirDepois, meu reino transferiu-se para uma árvore e lá eu construi um castelo magistral, porque de lá eu via o mundo inteiro.
O primeiro castelo teve como argamassa na construção o primeiro livro que foi meu, do qual me lembro também da textura, do tamanho e até do cheiro.
Nada disso foi fantasia. Em minhas lembranças tudo isso está armazenado nos quartos onde descansa a realidade.
E o mais bonito é que o primeiro castelo foi construído tendo como argamassa o primeiro livro de literatura que foi meu, do qual me lembro também da textura, do tamanho e até do cheiro, Alice no País das Maravilhas.
Para a construção do segundo castelo, mandei buscar barro de diversos lugares, areia de diferentes regiões, pedras daqui, dali e de acolá
Espero, escritora, poder, ainda, dar-te de presente, mais algum tijolo, alguma argamassa... quem sabe um pedacinho de parede...
Excluir.... teu castelo, parece ser o mais bonito... espero que as portas estejam abertas.. quero entrar..!
Em cima de meu castelo construído em certa árvore, de certo pomar, eu olhei o mundo através de muitos romances. Sempre gostei das narrativas e, como hoje ainda gosto, continuo olhando o mundo da torre do meu castelo , que há muito, foi implodido, porém, depois, reconstruído dentro de mim.
ResponderExcluirVê, pois, POETA, deixa teu menino no castelo da árvore. Um dia ele dali vai sair, mas o castelo nunca sairá dele. De lá ele enxerga o mundo, podes crer!
... de lá, o pequeno João enxerga o mundo... ... de lá, enxergo rei o pequeno João...!
ExcluirParabéns poeta...muito linda sua poesia de ver com seu pequeno rei João...
ExcluirA, grande amiga Tel.... os castelos que eram nossos, agora são deles... o riso que tinha nos lábios agora é o dele, que me faz sorrir mais forte com meu coração!!!
ExcluirOs castelos que não vejo mais estão ao meu redor são a os braços de DEUS a me guardar, muito lindo Dr. temos todos os dias castelos ao nosso redor
ResponderExcluirAmém, Shirley!!!! É o melhor é mais forte castelo!!!!!!
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Excluir🙏🙌
Os castelos que construímos dentro de nós são os que verdadeiramente nos servem de refúgio. São as moradas da alma. São feitos de sonhos, dores, amores e alegrias. E impossível arruiná-los. Não há como apagar a Vida.
ResponderExcluirAcho que quando a gente é criança, vamos sempre construindo esses castelos... e para nós, enquanto crianças, conseguimos materializar... como a árvore do menino...!
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