bora cronicar
Epitáfio
Foi encontrado na fronha do travesseiro... era um papel velho e sujo. Escrito à lápis.
A letra quase ilegível e com tantos erros que o Padre levou quase uma semana para traduzir:
“Eu me senti sempre à vontade onde estava. Os anos foram passando, e vivi a vida sem peso. O inventário de todos os bens que amealhei em vida (tantos!), eu sabia de cor; nunca confiei a tarefa a nenhum contador! Nenhum contador saberia somar os abraços, sorrisos e bons dias, que formaram minha imensa fortuna!
Aprendi que quanto mais eu dividia, mais multiplicavam-se estes meus bens! No fim, não havia angústia sobre quem protegeria meu legado, nem preocupação se iriam dilapida-lo... porque diferente de muitos, eu vou sim, levar esse tesouro comigo! Tudo que eu tinha, além do tesouro que levo, cabia em uma mochila, eu podia carregar em minhas mãos...! E isso me fez livre! Devolvo-me ao Criador levando talentos multiplicados! Estou pronto para prestar minhas contas! Parto da vida, rico! Como rico, sempre vivi!”
(Mochila)
Fizeram uma placa. Virou seu epitáfio.
Luís Augusto Menna Barreto
29.5.2019
Maravilhosa 👏👏👏👏👏👏👏👏👏
ResponderExcluirTão obrigado, Sônia...!
ExcluirTu viste...? Anjos levaram, delicadamente, o Mochila, que agora vai atar sua rede no Céu, e chamar o Criador de “vizinho”!!!
Verdade escritor, a morte nos pega de surpresa. Mas o "Mochila" era tão puro em seus sentimentos que vai morar na mesma casa em que vive o criador!
ExcluirTanta simplicidade chega emocionar, uma fortuna leve e de um peso tão grande em sua importância, lindo!
ResponderExcluirE ele, diferente de tantos, levou tudo consigo... e nem mesmo precisou construir uma pirâmide pra proteger seu tesouro...!
ExcluirPerfeita!!! A simplicidade dele é encantadora!!
ResponderExcluirAh!, Michele... obrigado..! Eu diria: a simplicidade (em si) é sempre encantadora!!
ExcluirEssa é a verdadeira riqueza e só os corajosos e verdadeiros não temem vivencia - la
ResponderExcluirÀs vezes, os que nada tem, são os que mais dividem!!!
ExcluirOlha você saindo da sua zona de conforto, Poeta!
ResponderExcluirCom o seu "DOM"...está despertando em cada um de nós, a necessidade de refletir mais sobre o que é realmente essencial em nossas vidas e, de uma forma leve e agradável!
Parabéns!!!!
Acho que é exatamente isso: saí da minha zona de conforto, ao transitar por pequenos contos como o do Mochila, ou o Rastro, ou a Criação da Criatura...
ExcluirMas, de alguma forma que nem sei explicar, essas idéias tem simplesmente aparecido na minha cabeça, de uma forma tal, que não consigo não escrever, ou deixar pra depois...!
Mas já tô louco pra voltar com os textos bem humorados... rsrsrsrs
Talvez seja porque estamos precisando realmente desses alertas.
Excluir"Quando somos crianças, tomamos mingau na mamadeira...mas chega um tempo que precisamos de alimentação mais forte". Assim diz a Sagrada Escritura. E, pelo "andar da carruagem", já passou o tempo de tomarmos leitinho...parece que já é hora de enfrentarmos carnes com ossos.
Penso que você é um dos chamados para essa missão... despertar a nossa consciência para o essencial...!
Como imaginar tamanha liberdade.... Ser o que quiser e somente qdo quiser, sem obrigações e sem admitir ser obrigado a coisa alguma. Realmente uma figura impar.
ResponderExcluir“IPor isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
ExcluirOlhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.”
Mateus 6:25-34
Muito lindo 😍
ResponderExcluirObrigada mais uma vez pelo que eu saboreio aqui.
Obrigado Acrisio, sempre, Lola, por tanta gentileza!!!!
ExcluirMais bonito ainda, Luís Menna!
ResponderExcluirExiste sabedoria na simplicidade, né....?!
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