quinta-feira, 28 de março de 2019

bora cronicar - Conhece Paris?

Bora Cronicar

Conhece Paris?

Ontem, eu falei de um evento que aconteceu lá em Santo Antônio da Patrulha, ou lá na minha bela, querida, saudosa, distante e lendária Santo Antônio da Patrulha.
E daí, diquei pensando…
Não se trata de ufanismo… é constatação mesmo:
"Torre Eiffel”… Pô, pra quem nasceu em Santo Antônio da Patrulha, especialmente na cidade baixa, e olha pra cima, pode ver ela imensa, linda, lá no alto do morro: A torre da antena da repetidora da TV! Acho até que em relacão ao nível do mar, a nossa torre é mais alta que a Torre Eiffel, porque, afinal, ela fica em cima do morro! E em cima do morro que tem em cima do morro que é toda a cidade alta.
Daí, como eu tava pensando em voz alta, e falando quase comigo mesmo sobre isso, um engraçadinho veio tirar onda e soprou: Champs-Élysées.
Báh, essa eu rebati na hora: Borges de Medeiros. Agora, você que conhece, diz aí: no que a Champs-Élysées poderia ganhar da Borges de Medeiros? Em charme, por exemplo? Nunquinhas! Nossa Borges de Medeiros é maravilhosa, com um discreto declive que, por onde nas décadas de 70, 80 e 90, desfilavam, orgulhosas, as bandas escolares em homenagem ao 7 de setembro (que saudade).
Agora me diga: como poderia a Champs-Élysées ser melhor do que a Borges de Medeiros, testemunha, inclusive, da passagem de D. Pedro II, indo do Rio de Janeiro, depois de ameaçar renunciar e ser o primeiro voluntário da Pátria, se o congresso não aprovasse sua ida à frente de Batalha nos Campos Neutrais, contra o Paraguai! Como poderia a Champs-Élysées ser maior que isso? Pela revolução Francesa, que teve aí, uma influenciasinha no mundo? Ora, muito mais teve a Revolução Farroupilha, com sua passagem também por Santo Antônio da Patrulha, porque, mais do que qualquer assuntinho mundial aí, teve influência no preço do charque!
“E a queda da Bastilha”, insistiu o engraçadinho! Logo vi que era um neófito em história mundial. Embora desprezado pelos livros de história, o presídio de Santo Antônio da Patrulha, localizado no “Beco do Laçasso”, que de beco nada tem, nada deve à Bastilha! Se existe unanimidade que a Bastilha era bonita por fora, mas muito feia por dentro, o presídio de Santo Antônio da Patrulha ganha longe: feio por dentro e por fora, e não essa coisa meia-boca afrancesada como a Bastilha!
O engraçadinho não desistiu: “E o Arco do Triunfo”? 
Rá!, monumento por monumento, a Fonte Imperial deixa pra trás o tal arco! Com a vantagem que a Fonte Imperial (construída justamente para a passagem de D. Pedro II no episódio que falei linhas acima) é fonte de verdade, com água e tudo! E mais: quem bebe da água de Santo Antônio da Patrulha, não morre sem voltar àqueles pagos! E o Arco? Quanta gente viu só uma vez e logo bateu as botas?
E daí pra frente, eu me adiantei: Palácio de Versalhes? Dou-lhe dois: a “casa do Zé Eduardo” que, de tão grande, no alto do morro, virou condomínio e o próprio “Casarão” branco, atrás da “casa do Zé Eduardo”. Rio Sena? Santo Antônio sobra: temos o Sinos, mais limpo e mais cheiroso! 
“Ah! Mas eles tem o hino mais bonito do mundo!”
Quero saber no que poderiam perder para ‘La Marseillaise’? 
“(…) E o Sinos majestoso serpenteia
Entre montes, campos verdes e floridos,
Deslizando vão mil sonhos e ilusões
Que elevam os corações
Deste povo destemido. (…)”!
Croissants? Fico com os sonhos da Casa da Colônia!
“E o Louvre”? Eu estava esperando por essa. Tinha certeza que vinha! Mas eu estava pronto: quem não conhece o Museu Júlio de Castilhos, não pode falar do Louvre! 
O que mais? O que mais?… ah… tente qualquer coisa. Para o que quiseres, haverá algo melhor em Santo Antônio da Patrulha!
Paris Saint-Germain? Neymar? Ora, precisa disso quem não jogou no Paladino, no Osório Lopes, no Jaú… Neymar é para os fracos! Quero ver enfrentar a zaga do segundo quadro do Palmerinha (de palmeira, não Palmeiras) como fazia o Pelezinho, nascido no Laçasso mesmo!
Enfim, não me venha com chorumelas! 
— Você conhece Paris? 
— Bora logo pra Santo Antônio da Patrulha!
Ah, tá! Você ia, ainda, falar de escritores franceses, como Victor Hugo e seu “Os Miseráveis”, ou Júlio Verne e suas “Vinte Mil Léguas Submarinas”? 
Tudo bem… … mas já ouviste falar nas Crônicas de Marajó City? Pois é! O escritor é patrulhense, e o nome… … a modéstia impede que eu decline!

Luís Augusto Menna Barreto

28.3.2019

22 comentários:

  1. Tua terra é muito linda! Os sonhos de Sto Antonio permeiam as minhas lembranças de infância, sempre ao irmos para praia fazíamos esse maravilhoso banquete! Gostaria muito de ir no Morro da Borússia, realmente quem vai se encanta com a paisagem fantástica e tenho certeza que tu tens razão: é muito mais lindo que Paris! O amor pela nossa terra natal é uma coisa tão linda...A importância de valorizar nossas raízes, independente de onde moramos. Bela crônica!

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    1. Santo Antônio da Patrulha é minha Paris... minha Milão... minha Nova York!
      É meu sonho é minha realização... é meu coração é minha alma (que duvido, em parte, com o Marajó)!!!!

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  2. Acho lindo essa maneira de sempre mostrar as belezas de Santo Antônio da Patrulha...( Chega dá vontade de conhecer)...Paris!?? Que Paris,tendo um lugar tão lindo desses ne Poeta? E sabe!? Victor Hugo, Júlio Verne que me perdoe mas o autor "nativo" que tem por lá,é de um nível para parisienses sentirem uma pontinha de inveja!!! Bela crônica!!

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    1. Agora ganhei meu dia!!!!!!!
      Toma essa, Júlio Verne!!!!!
      Bora.... bora conhecer Santo Antônio da Patrulha e beber a água da sua fonte!!!!!
      Super obrigado, Michele!!!!

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  3. Adorei...Luis Menna, é o nome do Magistrado escritor, ou seria o escritor na magistratura, parabéns poeta. Não conheço Paris, tb ainda não conheço Santo Antônio da Patrulha, mas quem sabe um dia terei esse prazer e visitarei a cidade cujo nome lembra um Santo que tenho devoção, aliás, Santo Antônio de Pádua, não o da Patrulha, nome bem sugestivo, depois conta pra nós o por quê desse nome....Será que o Antônio gaúcho fazia patrulhamento e defendia a cidade dos bandidos????? Adorei a crônica e com certeza a terra natal de cada um de nós tem tantos cantos e encantos quanto a glamurosa Paris. Bjos....Bora cronicar...eu sempro cronicando ou cedo demais ou atrasada como a maravilhosa crônica do sapo e a enforcada....cuidado com o fantasma dos sapos assombrando as gerações futuras, comentei lá, rindo demais....

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    1. Não há cedo ou tarde pra cronicar, Tel!!!! Toda hora, é hora boa!!!!
      O nome “da Patrulha” é porque lá instalavam-se patrulhas coletoras de impostos para a Coroa! Daí o “da Patrulha”!!!!!!!!

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  4. Paris que nada.Santo Antônio da Patrulha é bem bem melhor, e uma aula de história poeta... E o amor por sua cidade Natal lindo todas as descrições que fez de lá,quase ouvir o sino da igreja, crônica linda,ou seja uma das em, que parabéns poeta . 👏👏😍😘

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    1. Ah.... e olhas que eu nem falei da Igreja Matriz nem da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, que nada devem à Catedral de Notre-Dame!!!
      Bora pra Santo Antônio da Patrulha!

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  5. Pessoas queridas se afastam por razões nem sempre justas e ou explicadas... Fico triste!
    Procuro pensar que vão trilhar caminhos melhores... Então, desejo-lhes felicidades, sempre!
    Você é uma delas, Luís Augusto Menna Barreto!
    E vejo que minhas previsões se concretizaram... Fico muito feliz!
    Abraço de quem muito o admira e respeita.
    Teresinha de Brito

    E quanto ao texto, parabéns, belíssimo! Sem dúvida, só quem conheceu e conhece a nossa Santo Antônio da Patrulha, e Paris, por consequência, e dispõe da arte de registrar e historiar tem condições de descrevê-la com tamanha competência e desenvoltura!

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    1. Meeeeeeeeeeeeeu Deus! Que surpresa maravilhosa!

      (Dra. Teresinha de Brito, é uma das advogadas mais técnicas que conheci, dona de uma inderrotável elegância na vida e no trato com o direito! Uma professora que leciona pelo exemplo, a quem penhoro a gratidão de haver aprendido com pequeno espaço de tempo em que dividi o dia a dia!)

      Dra. Teresinha... quero deixar-te o meu melhor abraço, o mais entusiasmado! Que saudade!
      A crônica de hoje foi uma deliciosa brincadeira, porque sempre que alguém me pergunta sobre Santo Antônio da Patrulha, eu pergunto se a pessoa conhece Paris, com um tom de voz que deixa claro que estou comparando ambas!

      É com imeeeeeensa satisfação que vejo-te aqui!

      Mandes um abraço a todos aí!!!! Espero que ainda possamos encontrarmo-nos!!!!!!

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  6. Não conheço nenhum dos lugares citados. Paris, só vejo fotos ou pela TV, dos pontos turísticos mais badalados, achei lindo essa "disputa" estilo briga de criança, exaltando as belezas do "seu"lugar em comparação a Paris. Gostei 👏👏👏👏👏👏👏👏👏

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    1. Acho que acertaste no ponto, amiga Nice! É realmente uma briga de criança, porque, quando rememoro Santo Antônio da Patrulha, volto a ser criança, assalta-me as ladeiras descidas de bicicleta que deixavam a mãe de cabelo em pé, as brincadeiras em volta da casa, as subidas no telhado do vizinho (quantas telhas quebradas!), as caminhadas do Colégio pra casa, embrenhando-me no mato pra colher flores pra mãe! Jogos de taco, funda, bola de gude...
      Uma disputa de criança, sem dúvida. Jamais saberei, pela razão, defender Santo AntÔnio da Patrulha. Assalta-me a emoção sempre!!!

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  7. Quem vai trocar o lugar que viu um poeta nosso nascer, por Paris?
    Quem pode preferir andar por aquelas ruas frias, sem o aconchego do nosso lugar, das pedras dos caminhos que conhecem todos os nossos sonhos?
    Quem poderá tocar mais o nosso coração  do que uma "Poesia de ver" ou uma Crônica do Marajó City, de autoria do filho dessa terra amada, Luís Augusto Menna Barreto?
    Que escritor francês compartilha o conhecimento e o sonho com os mais diversos leitores de todas as regiões do Brasil? Nenhum?
    Pois o poeta de Santo Antonio da Patrulha, o Luís Augusto, compartilha!
     

    Ass. Maria Zélia.

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    1. Ai, ai, ai........ to engasgando aqui!
      Diria eu: que outro metido a escrevedor, recebe tanto carinho, tem tanta retribuição, recebe um afago assim dos amigos...?
      Quão feliz me fazem palavras como as tuas, gentileza que recebo diariamente... Isso me estimula. Isso me encoraja... isso me faz querer tentar ser escritor de verdade, um dia!

      Um milhão de obrigados, Maria... um milhão de obrigados!

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  8. Que lindo...lembrar 7 de setembro! Era muito bom sair pelas ruas em desfile...mostrando as criatividades maravilhosas de cada escola. Eu fui da fanfarra da minha escola. Saía toda orgulhosa com minha farda toda branca!!! Lembrança linda!!!!

    Olha, nào conheço Paris mas, faço das palavras da Maria Zélia...as minhas! Prefiro a cidade do nosso Poeta!!!!! E ponto.

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    1. Armelinda!!! Como era bom, né?! A gente ensaiava por semanas... chegava no 7 de setembro, a gente acordava cedinho. Enfeitava o instrumento com fitas da verde e amarelas... Ficava ansioso!
      Depois, desfilava, todo orgulhoso com as pessoas amontoando-se nas calçadas, atras da corda, pra ver a gente passar! Uma pena isso ter ficado perdido no caminho... Era bom ter orgulho daquilo tudo...! Uma pena... meu pequeno João jamais desfilou em 7 de setembro... Eu seria um pai ainda mais orgulhoso de ver meu filho passar, tocando na banda da escola...!

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  9. Não sei se um dia vou conhecer Paris e de verdade, não seria a primeira opção se houver a oportunidade. Se tratando de Sto Antônio da patrulha é inegável a beleza e encanto desta cidade que eu tive o imenso prazer de visitar, a casa da colônia com suas guloseimas e aquela fonte carregada de história e que eu deveria ter bebido da sua água. Uma viagem que me proporcionou novos conhecimentos e novos amigos que entraram na minha vida pra ficar. Não trocaria nem um minuto por uma estada em Paris.

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    1. Nem vou falar nada... deixo o depoimento da Lola falar por mim!!!
      E olha que nem combinados!!!!!
      Chupa essa, Paris!!!! rsrsrsrsrsrsrs

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  10. Quanto gauchismo!!!
    Cruz credo, bato na madeira três vezes!

    Mas na semana passada, volteando de carro pelas terras gaúchas, vi placas indicativas de Santo Antônio da Patrulha.

    O caso é que se eu estivesse grávida, teria perdido o filho, porque me deu uma vontade tão grande de comer SONHO, que quase convencia os amigos a mudar a rota da viagem. Mas... desisti, deixei o sonho para ser comido depois. Claro! Seria bobeira dar tanto ouvido a certo escritor.

    Mas... agora estou com esse desejo novamente.

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    1. Escritora...... se perder a oportunidade de ir em Paris é algo terrível, imaginas perder a oportunidade de ir em Santo Antônio da Parulha????!!!!!!!!!!!!

      Jamais haverá sonho como o de Santo Antônio da Patrulha....!!!!!!
      Perdeste um sonho... e poderás perder o sono por causa disso...!!!!!

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  11. Amigos do blog,eu tive a oportunidade de conhecer todas estas maravilhas e o melhor ainda tendo como guia o nosso poeta, foi uma manhã inesquecível. Vcs precisam conhecer está oitava maravilha do mundo. Depois um almoço 6 estrelas na casa da dona Zélia mãe do Luís, uma Senhora fantástica e depois me levaram na doceria da Colônia, eu e minha mulher pedimos 2 sonhos quando chegaram pareciam uma bola de futebol de salão, só conseguimos comer 1/2 os outros dona Zélia levou. Melhor que Paris. Obrigado amigão pelo passeio. Além de passar 5 dias em Porto Alegre passeando nesta linda cidade. Mas sou mais Santo Antônio da Patrulha .

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    1. Agoooooooooooooooora!!!!! Que ouse duvidar desse relato fidelíssimo, aquele que tenha atravessado o Sena a nado!
      Não falei da Casa da Colônia porque não há sequer similar em Paris...
      Coisa de louco!
      Eu lembro bem e tenho saudade desse dia. Depois de tudo, voltamos para Porto Alegre que é praticamente um bairro de Santo Antônio da Patrulha!

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