segunda-feira, 25 de março de 2019

bora cronicar - O Velho e o Garrincha - parte 4 - final

Bora Cronicar

O Velho e o Garrincha - parte 4 - Final

As tosses de Clarêncio começaram a intensificar-se. Às vezes, havia sangue junto. 
Mesmo assim, todos os dias, desde que Garrincha aparecera, dois anos atrás, ele sorria quando olhava no espelho. Não mais o minúsculo espelho quebrado. Agora, um espelho com moldura de madeira, simples mas adequado, presenteado por Júlia. 
Sim, era a mesma Júlia que um dia, sessenta anos atrás, ofereceu amendoins caramelados, depois que o garoto que nunca saía para o recreio, emprestou-lhe o apontador. Aquela Júlia que ficara para sempre em seu coração. 
Durante aquelas intermináveis férias de verão, em que o garoto aleijado ansiava pela primeira vez pelo reinício das aulas, o pai da Júlia, também em dificuldades, recebera o convite para trabalhar na oficina mecânica de um irmão, em uma cidade vizinha. Júlia trocou de escola e cidade e, nas raras vezes em que visitavam parentes, era sempre em finais de semana, e jamais se viram novamente. Júlia cresceu, transformou-se em uma moça discreta e casou com um rapaz bom, vendedor ambulante, precocemente viúvo, que já tinha uma filha de três anos… surda. Com menos de uma ano de casados, o rapaz falecera vítima de um atropelamento e tudo o que Júlia e Beatriz receberam foi o seguro obrigatório que lhes permitiu ‘comprar’, sem jamais ter a escritura, o pequeno apartamento de sala, quarto e cozinha, que o velho visitara a primeira vez, dois anos atrás, porque, com a tragédia do marido, Júlia resolvera voltar à cidade de sua infância.
Garrincha passara quase uma semana sem caminhar. E Clarêncio poderia jurar que Garrincha ficara manco também na pata traseira. Mas Júlia e Beatriz afirmavam que não. 
Nas conversas que se seguiram, descobriram que o destino os manteve perto por quase uma vida. Ela sempre ia no mesmo parque… todas as manhãs. Beatriz mantinha uma barraca de venda de água de coco diretamente da fruta, e ficava no parque todos os dias, desde 8h, até perto de 18h. Foi de sua barraca de cocos que vira o acontecido com aquele velho que ela via todas as tardes, sentado no parque. Júlia ia, todas as manhãs conversar com Beatriz e levar-lhe o almoço em uma pequena panela enrolada em um pano, e ficava horas sentada ali. Além dos rendimentos com a barraca de cocos, Júlia recebia um salário mínimo de aposentadoria, depois de trinta anos contribuindo com a previdência social. Quando se aposentou, largou de vez o ofício de costureira e, em vez de continuar para complementar sua apertada renda, Júlia preferiu ocupar suas tardes como voluntária em um asilo mantido pela Igreja em que congregava. Era a maneira de retribuir a Deus as coisas boas de sua vida, e a alegria de ter Beatriz como filha, ela dizia.
Em pouco tempo, Garrincha acostumou-se com Júlia e Beatriz e permitia ser tocado por elas, sem que ameaçasse morde-las. E, nos domingos, os quatro almoçavam juntos, quase sempre na casa de Júlia. No aniversário de Beatriz, esforçavam-se e compravam alguns pedaços de carne que assavam em uma improvisada churrasqueira montada com pedaços de tijolos no minúsculo quintal de Júlia. E Garrincha deliciava-se com os ossos. 
As tosses de Clarêncio haviam piorado. Júlia, por várias vezes, tentava consultas para o velho, por meio do Sistema Único de Saúde. Quando finalmente conseguiu a consulta, havia-se passado, já, quase seis meses da primeira vez que cuspira sangue ao tossir e, depois da consulta, havia exames que eram sempre caros demais. Pelo SUS, o agendamento seria para os exames era para oito meses adiante. 
Quando finalmente conseguiram os exames, os resultados mostraram manchas enormes nos pulmões do velho. E o diagnóstico foi o pior possível. O médico falara que restavam poucos meses.
Por algum estranho motivo, Clarêncio jamais se mostrou abatido. Já Garrincha, parece que entendia cada palavra estranha do diagnóstico. Não se afastava mais do velho. Nem mesmo quando ouvia os garotos gritando no parque. 
O próprio velho soube de sua hora quando, poucos dias antes, fora colocado na cama pelas mãos delicadas de Júlia e Beatriz, aos olhares de Garrincha. Largou a muleta de madeira que parecia parte de si mesmo e sorriu, como quem se despede de uma companheira de toda a vida. Quando Júlia perguntou-lhe se estava confortável, o velho sorriu. E disse-lhe:
— Morreria mil vezes, pelos dois últimos anos que tive!
Pediu apenas que colocassem no catre a muleta, porque queria partir completo.
Numa manhã em que os pingos pareciam lágrimas caindo do céu, Clarêncio expirou. Não em uma maca de hospital, não por corredores. Ele preferiu e foi respeitado por Júlia e Beatriz, a dignidade de sua pequena moradia, que, desde que reencontrou Júlia, esta fazia questão de deixar impecavelmente limpa e organizada. 
Garrincha estava com a cabeça encostada na perna ruim do velho, quando do último suspiro. Todos os bens que juntara em vida, couberam em um carrinho de mão para serem levados para casa de Júlia, incluindo a caixa de papelão que há dois anos Beatriz preparou para Garrincha convalescer. Duas mulheres e um cachorro aleijado foram todo o velório de um homem que passou despercebido pela vida. 
Os anos continuaram a passar devagar. Beatriz arrumou um companheiro, conseguiram um apartamento na mesma vila, e Garrincha transformou-se na inseparável companhia de Júlia. Todas as sextas-feiras, Júlia ia com Garrincha, que então se deixava prender em uma coleira, ao cemitério, distante quarenta minutos de caminhada. Lá,  retirava a coleira de Garrincha, sentava-se em um banco próximo à lápide simples, e retirava da sacola plástica o lanche que trazia:
Uma banana e duas bolachas de água e sal, que dividiria com Garrincha, todos os dias, pelo resto de suas vidas.

Luís Augusto Menna Barreto

26.3.2019

28 comentários:

  1. É...!!!! A vida como ela é!!!! Cada um com suas lutas e vitórias! E cumprindo a missão que veio realizar aqui da melhor forma que pode.
    Interpretei de uma forma bem positiva toda essa situação do Clarêncio.Apesar da dor existencial, ficou bem claro que realmente não é o "ter" o fator mais importante da nossa vida, mas sim o "ser"! Clarêncio tinha um coração enorme, fiel aos bons princípios e aos seus sentimentos de afeto! E ainda no seu final com uma doença grave, deu-nos um lindo exemplo de força, coragem e resignação!
    Muita emoção!!!!
    Lembrei muito do meu pai...descobrimos a doença dele assim também...cuspindo sangue. Deu um tumor no pulmão. Foi fumante a vida toda e ainda teve muito contato com amianto na Empresa que trabalhava. Com certeza tudo contribuiu para esse resultado. Mas, o importante é que ele cumpriu bem sua missão enquanto esteve aqui...

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    1. Oh!, amiga Armelinda... espero que a lembrança que tiveste, com teu pai, ao ler o conto, tenha sido algo bom. Tentei escrever o final do Velho com muito respeito. Apesar de ser um momento sempre pesado, quis imprimir à morte de Clarêncio a dignidade da resignação, da compreensão que era a vida que pode ter, e, sobretudo, a gratidão dos seus anos finais.
      Até eu mesmo me emocionei com os personagens...!
      Realmente, obrigado, Armelinda!

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  2. Escritor!

    Obrigada pelo conto! Muito bom. Muito bom, mesmo.

    Obrigada pelos tantos caminhos variantes que você deixou abertos, para um dia, (quem sabe?) retomá-los em novas caminhadas!

    Obrigada pela fidelidade à força das personagens o VELHO e o CACHORRO!


    Obrigada pelo final do conto (belíssimo!)! (Confesso que tive medo que você "melasse" o conto, "arrajando" uma cura para Clarêncio).

    Parabéns, meu amigo!!!
    Um grande abraço!

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    1. Minha amiga e maravihosa escritora Ana...
      ... eu fico tri feliz. Com tudo o que disseste sobre o conto... especialmente, que eu não tenha perdido a mão, ou maculado o personagem "Clarêncio" cujo nome, é por teu batizado!

      Sabes... tu me deixaste com uma "pulga atrás da orelha"...
      Uma quase vontade de começar mais um projeto... desta feita um projeto que nunca me arvorei... quem sabe se Clarêncio, Júlia, Beatriz e o próprio Garrincha não ganham uma história em forma de um livro só... desses que tu, com tanta mestria fazes... os tais "romances"...! Vai que Clarência possa virar minha "Malva"... ou minha "Heloisa - a do Povo de Vicente".... ou mesmo, "Carmela", quem sabe...?

      Se esse projeto for adiante, Escritora, tu terás culpa! E haverás de colocar nele tuas linhas!

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  3. E as coisidencias da vida e do amor que transformou a vida dos dois. Pena que o Clarêncio morreu,bom que não estava só. Os dois anos com a Bia, Júlia e o Garrincha ele voltou a ser humano ele já tinha esquecido dele mesmo até do amor, por conta da solidão. Lindo poeta parabéns emocionou viu 😢😙😚

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    1. Obrigado, Liu...! Eu mesmo fiquei emocionado com o conto... parecia que, de alguma forma, eu nem estava escrevendo, parecia que eu apenas descrevia o que a força própria dos personagens ia-me dizendo...

      Escrever esta historinha, foi uma experiência incrível...!

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    2. Imagino sua emoção também e como não ficar emocionado em.... Daria um filme ao ter le já vira um filme na mente com paisagens e cada um personagem foi criado na minha mente com meros detalhe, emoção total

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    3. Como é bom ler esse teu comentário... eu também os vejo como parte de um filme !

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  4. Ah!
    Meritíssimo, ousei compartilhar este conto para um grande amigo, EUGÊNIO PACELLI FERNANDES.

    Se fiz mal, perdoe-me, viu?

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    1. Fizeste muito bem...!!!!!! OBRIGADO DEMAIS!!!

      Tu, melhor que ninguém, sabes: o que seriam das letras, se não fossem juntadas umas às outras...?? E o que seria das palavras, se não fossem lidas...??

      Que escritores seríamos, se os escritos não saíssem por aí, a conhecer novos olhos..??

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  5. Olha, recebi a mensagem seguinte de PACELLI. O que devo dizer a ele?

    "Gostaria de postar lá no blog: A Excelência que me perdoe, coisa boa é igual a segredo, não consigo guardar só comigo. Obrigado Ana pelo presente!!"

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    1. Diga-lhe que SIM!!!!!!

      Diga-lhe que venha sempre!
      Se ele tiver Twitter, informe-lhe o meu e o do blogue:

      @mennabarreto71
      @mennaempalavras

      Os links das publicações aqui do blogue são sempre divulgados pelo Twitter!

      Mas se preferir, pode abrir o blogue num COMPUTADOR e ir nas informações que ficam no lado direito (em celular não abre, só em computador ou iPad - na verdade, em celular tem que ir até o final e escolher "versão para web")... bem, vai nas informações do lado direito e cadastra o e-mail no "PARA RECEBER AS POSTAGENS POR E-MAIL"... daí, sempre que eu posto, vai automaticamente por e-mail a postagem, sem precisar clicar em link nenhum!

      Ou pode ir em "seguir"!, ali no final das informações do lado direito. Ou pode ser pelos dois!

      OU, AINDA, me manda o número do whatsapp, que a Ana Karina coloca numa lista e envia todos os dias.

      Ufa... é isso!!!

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  6. Ah, chorei agora viu? Mas, ao mesmo tempo que senti uma ponta de tristeza, tbm fiquei feliz que o velho Clarêncio, esteve em "família" a família que o Deustino(acho que não estou pecando em shipar isso né? rsrsrsr)lhe reservou para seus dois últimos anos de vida, apesar de tudo posso dizer que foi lindo pra ele, foi embora(não gosto da expressão MORRER)tendo um coração grato e feliz pelo cuidado do seu amor do passado. Lindo final poeta.

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    1. Ah!, Nice.... um milhão de obrigados... Eu também me emocionei.
      E ADOREI teu "DEUStino"...! Outro neologismo que vou adotar!!!!
      Esse foi um dos contos que mais me emocionou. Um dos mais fortes.
      Acho que pela ordem, hoje, enquanto ainda estou emocionado com esse, para mim:
      - O Velho e o Garrincha;
      - O Teatro;
      - O Conto de Bella;
      - O Conto de Ella;
      - Um Conto de Fé;
      - O Conto Della;
      - O Circo;
      - As Flores;
      - O Baile (inédito, mas escrito há mais de vinte anos)

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  7. Fiquei arrepiada do começo ao fim...E as lágrimas rolando a cada palavra lida(sim,sou a emoção em pessoa) Clarêncio foi para outra dimensão,mas que bom que antes disso ele não esteve sozinho,teve o amor mais leal,embora "tenha passado despercebido pela vida" ele sim,amou e foi amado...

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    1. Michele... se algo realmente justifica a vida, justifica termos existido, esse algo é o amor!
      Clarêncio justificou-se. Permitiu-se amar. Teve o mais inusitado cupido: um cachorro manco, aleijado...
      E o amor transcendeu. O amor dedicado a Garrincha, iniciado, com que um treinamento, com o animal companheiro, estendeu-se para Júlia e Beatriz. E depois, O amor que Garrincha tinha do velho, transcendeu e passou a ter de Júlia.
      Eu realmente fiquei emocionado escrevendo.
      Muito obrigado, Michele!

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  8. Lindo e emocionante o último capítulo da crônica escritor Menna. Realmente a bondade, a simplicidade e a lealdade são capazes de nós oferecer os momentos mais felizes da vida.

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    1. Acho que descreveste as qualidades do melhor amor....!!!!!
      Obrigado, mil obrigados, Sônia!!!!!!

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  9. Lamentei a morte de Clarencio, fiquei emocionada e revoltada com seis meses para a primeira consulta, oito meses depois para os exames, culpo a demora no atendimento como uma das causas da morte do velho que poderia ter tido mais anos felizes ao lado da amada Júlia, sua filha e o Garrincha. Seu conto denuncia o falho sistema de saúde pública, quantos Clarencios sofrem a falta de atendimento, quantas Júlias vêem a pessoa amada sofrer doente até a morte sem a assistência médica adequada.O conto me emocionou, me revoltou porque seus escritos sempre nos fazem desenhar as cenas como se fossem reais e sabemos que fatos como os descritos no conto acontecem realmente e me entristece ver pessoas "conformadas" com a própria sorte diante da falta de assistência médica a tempo e hora que se necessita...Pelo menos ele morreu feliz ao lado de seu grande amor.

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    1. Tel... que maravilhoso teu comentário!
      De fato, foi de propósito e penando, sim, numa crítica ao sistema público de saúde! Nunca saberemos se os “Clarêncios” viverão mais ou menos, se forem atendidos rápido... mas SABEMOS que TEM DIREITO ao RESPEITO de ser atendido com cortesia, conhecimento e eficiência...!

      Afora a crítica ao SUS, talvez Clarencio nem desejasse mais tempo... no jeito seu de ver a vida, tinha medo que tudo passasse....! E ficou feliz em se despedir durante seu tempo bom na vida!

      Mil obrigados, Tel!!!!

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    2. Verdade, nunca saberemos se viverão mais ou menos, afinal a vida pertence a Deus, mas o direito a sofrer menos, ser atendido logo no momento da doença e da dor é direito de todos e dever do estado . Respeito e dignidade para todos e fim as injustiças sociais onde poucos tem tanto e muitos nada tem.

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  10. Só uma colocação. O SUS é o melhor plano de saúde do mundo. Tem Universalidade, Integralidade, Equidade e Controle Social com financiamento garantido na Constituição pois é um direito do cidadão e um dever do Estado o único do mundo que tem essa doutrina. Viva o SUS. O que acontece é que 85% da população bradileira usa o SUS desde a atenção básica a alta complexidade, ou seja desde a vacinação ate controle e tratamento de doenças infecto contagiosas. O citado varia de local pra local. Se ele tivesse ido num posto de saúde programa saúde da família seria atendido com facilidade de acesso e se necessário seria referenciado por nivel de complexidade para as unidades de referência debidamente agendado. Viva o SUS. Que e melhor do que a maioria dos planos de saúde privados.

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  11. Acredito que sim no que é proposto, o SUS se não fosse a corrupção, o desvio de verbas seria o melhor modelo de saúde pública no mundo, mas infelizmente a má gestão dos recursos, somado a corrupção faz que o SUS em algumas regiões seja caótico, infelizmente. Valeu Dr Izamir pela lembrança que de fato o SUS poderia ser perfeito, quem sabe o Brasil consegue, ah se a tal da CPMF não tivesse sido desviada da saúde, afinal tinha sido implantada para esse fim, mas depois tomou outro destino.....

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    1. Com certeza. Concordo com tudo que vc disse. Principalmente com a corrupção e a falta de gestão. Valeu.

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  12. Adorei a sorte maravilhosa do garrincha e a sorte do velhinho em poder ter um companheiro até o fim de seus dias. Mesmo em meio a tristeza podemos achar alguma coisa boa.

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    1. Sempre..... a felicidade é um condomínio social a que todos têm sua parte...!!
      Garrincha teve mesmo sorte..... e ele foi a sorte do velho, também!!!

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  13. Realmente o Garrincha é um cão sortudo e que sempre tem uma mão amiga na hora que precisa. Quem teve a sorte maior? O que foi amparado ou o que deu amparo? A meu ver os dois foram felizes.

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