Olá, pessoal!!!
Entro em recesso pessoal até dia 2 de maio, em uma pequena viagem!
Deixo um enorme agradecimento a todos que visitam por aqui!
Sempre sinto saudades.
Sei que não ando mais com a velocidade que tinha antes, nas postagens, mas podem ter certeza que outro motivo não é senão novos projetos, nos quais tenho mergulhado e que me levam o tempo.
Tenho duas novas postagens já preparadas e o PILHA (lembram dele??) veio contar-me uma nova aventura.
Então, assim que eu voltar do recesso, retomo os contatos e venho aqui, para dividirmos algum tempo, falando em literatura!!!
Um imenso abraço a todos!!!
Até o dia 2 de maio!
Luís Augusto Menna Barreto
Um curioso da vida... sobre a vida... O livro lança-me... o filme prende-me... o poema liberta-me... o sorriso resgata-me... o amor... ah, o amor! Poesia de Ver; Pensamentos Perdidos; Diálogos; Crônicas! ... e repetir todos os dias da minha vida, que João será o meu melhor amigão para sempre...
terça-feira, 17 de abril de 2018
domingo, 15 de abril de 2018
Diálogos: ... inevitável!
Diálogo: … inevitável!
— Algumas coisas em nossa vida são escolhas. Outras são inevitáveis. — Ela lhe disse de repente.
— Eu gosto das que são inevitáveis. Porque eu sempre fiz escolhas ruins. — Ele respondeu.
— Eu sou algo ruim em tua vida? — Ela perguntou olhando em seus olhos.
— Claro que não!
— Mas tu escolheste a mim.
— Eu nunca te escolhi. Sequer tive essa oportunidade. Amei-te, simplesmente… de forma inevitável! … e agradeço a Deus todos os dias, por não me ter dado chance de escolher!
Por Luís Augusto Menna Barreto
terça-feira, 10 de abril de 2018
Poesia de ver: … belezas!
Poesia de ver: … belezas!
Uma era ansiedade…
… a outra, paciência.
Uma era rompantes…
… a outra, leniência.
Uma era viço…
… a outra, rugas.
Uma era beleza…
… a outra: também!
Por Luís Augusto Menna Barreto
(mais uma, das floreiras de D. Zélia, em Santo Antônio da Patrulha, RS)
sexta-feira, 6 de abril de 2018
CONTÍCULO (título ao final)
— Eu lembro de tudo, tudinho! — ela dizia, com alguma ansiedade na voz.
— Parece que tu tens muitas coisas pra contar! — ele respondeu, com alguma curiosidade.
— Ai, eu tenho mesmo, mas nem consigo, é tanta coisa! Já fiz tanta coisa na minha vida, que nem sei por onde começo!
— Eu não me lembro de tantas coisas que tenha feito… acho que, na verdade, devo ter feito poucas…
— Eu não, — continuava ela entusiasmada! — eu não paro. Chego em casa muito cansada e quero logo dormir. E tu?
— Eu tenho chegado em casa sem muito sono…
Ela perguntava mas quase não dava tempo que ele falasse e ela voltava a falar novamente:
— Pois eu mal me deito e já durmo. Tento planejar o que vou fazer no outro dia, mas o sono vem. Nossa!, tenho tanta coisa pra fazer, que fico atrapalhada!
— … e às vezes chego em casa e fico sentado pensando no que fiz, mas parece que não tem muita coisa…
— Ai, que sufoco essa minha vida! É muita coisa pra fazer! Hoje mesmo, a mamãe vai me levar na casa da Carolina pra gente fazer a tarefa da escola, depois tenho inglês, e à tardinha vamos no cinema!
O velho porteiro da escola sorriu enquanto a menina de 11 anos pegava sua mochila e corria para o carro de sua mãe, que parara e abrira a porta.
“A vida era estranha” ele pensava. "Quando se tem 11 anos, temos muito mais coisas pra lembrar do que quando temos 70… A vida é tão maior aos 11 anos…"
Contículo da Menina e do Velho
POR LUÍS AUGUSTO MENNA BARRETO
terça-feira, 3 de abril de 2018
Contículo do Menino da Caixinha de Palavras
Contículo do Menino da Caixinha de Palavras
A menina havia-lhe falado algo.
Foi a primeira vez que eu vi o menino da caixinha de palavras, sem palavras.
Para todos, ele sempre enfiava a mão dentro da caixinha e retirava a palavra certa: “amor”, “fé”… às vezes, simplesmente, “esperança" para quem dela precisava. E o menino da caixinha de palavras, aliviava almas com as palavras que entregava.
Mas naquele dia, a menina havia falado algo para ele, que o deixou agitado.
Ele colocou a mão pequenina por baixo da tampa, como sempre fazia, mas, diferente das outras vezes, sua mãozinha voltou vazia.
Assustou-se. Repetiu o gesto. Colocou outras vezes a mão, mas sempre voltava vazia.
Eu o vi aflito.
Pela primeira vez eu o vi retirar a tampa da caixa, pela primeira vez eu vi, ainda que de longe, a caixa por dentro. Era uma caixa de sapatos comum. Envelhecida. Vazia. E ele passava a mãozinha de um lado para o outro dentro da caixa, igual como fazemos quando procuramos algo nas caixas bagunçadas que acumulamos em nossa vida. Mas a dele estava vazia. E ele insistia.
Até que ele parou de repente e fez um gesto para que a menina esperasse.
Colocou a mãozinha no bolso e retirou vários pedaços minúsculos de giz. Espalhou-os na calçada e começou a procurar entre eles. Escolheu com cuidado um pedaço de giz vermelho.
Colocou todo os outros pedaços de giz novamente no bolso e colocou o giz vermelho dentro da caixa. Colocou a tampa. Enfiou novamente a mão por baixo da tampa e ficou fazendo movimentos como se estivesse procurando algo, novamente. Até que sorriu!
Retirou a mãozinha de dentro da caixa…
… e entregou a caixa fechada à menina.
Despediu-se com um sorriso e deixou a menina com sua caixinha, como quem segura um presente valioso.
A menina também sorriu.
A menina jamais abriu a caixa para ver a palavra. Passou a vida sem faze-lo.
Porque sempre soube a palavra que o menino deixou escrita na caixa.
Por Luís Augusto Menna Barreto
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