domingo, 27 de janeiro de 2019

Pensamentos perdidos: … batalha! /// thoughts lost: ... battle!"

   

Foi quando corri sem destino, que encontrei os caminhos mais precisos. 
Foi sem mapa que cheguei a mim mesmo quando eu nem sequer me procurava! 
Quando o acaso foi meu único plano, eu descobri que a beleza estava no caminho, sem precisar de um final.
Eu não perdi o juízo… foi meu juízo que perdeu a batalha para minha alma, quando ambos, dentro de mim, lutavam por minha vida!

It was when I ran aimlessly, that I found the most accurate ways.
It was without a map that I came to myself when I was not even looking for me!
When chance was my only plan, I discovered that beauty was on the way, without needing an ending.
I did not lose my mind ... it was my judgment that lost to my soul, the battle inside me that both were fighting for my life!

Por Luís Augusto Menna Barreto

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

pensamentos perdidos: ... alma! - lost thoughts: ... soul!

  

Quero ouvir o silencioso estertor da relva sendo dobrada pelas costas que deito na grama... quero acompanhar o efêmero existir do fio de fumaça que subirá da expiação... quero sentir-me conectado à Terra que me envolverá... 
... quero olhos abertos para sentir se era juízo ou alma dentro de mim; e, se havia os dois, qual gritou mais forte...! 

I want to hear the silent rustle of the grass being folded by the back that I lie on the grass ... I want to follow the ephemeral existence of the smoke that will rise from the atonement ... I want to feel connected to the Earth that will surround me ...
... I want open eyes to feel if it was judgment or soul within me; and if there was the two of them, which one of them screamed louder ...!

Por Luís Augusto Menna Barreto

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

poesia de ver: ... imponderável! /// poetry to see: ... imponderable!


Hoje, quero o caminho do imponderável... o caminho do inusitado... da surpresa da vida...
Quero dobrar as esquinas que não conheço, receber o vento vindo da praia que nem vejo ao longe com o sol nos olhos... 
Quero caminhar com um sorriso inderrotavel... Hoje, só hoje, quero estar vivo... 
Vem comigo.

Dos caminhos da Fazenda Bela Vista
Luís Augusto Menna Barreto

/// 

Today, I want the path of imponderable ... the way of the unusual ... the surprise of life ...
I want to bend the corners I do not know, to receive the wind coming from the beach that I can not even see in the distance with the sun in my eyes ...
I want to walk with an indelible smile ... Today, just today, I want to be alive ...
Come with me.

From the paths of Fazenda Bela Vista
Luís Augusto Menna Barreto

sábado, 12 de janeiro de 2019

Terceiro Micro Conto de Amor /// Third Micro Tale of Love


Ele trabalhava muito… e sempre que chegava em casa, em seu Jaguar, a menininha via-o sair do carro usando aquele terno maravilhoso, e corria para ele. Antes que ela conseguisse abraça-lo, ele lhe entregava um presente, tocava em sua cabeça e ia para o escritório que tinha também em casa, atender mil telefonemas, e fazer video conferências. 
… era sempre um maravilhoso presente.
Depois de algum tempo, ela notou que ele andava mais tenso nas suas video reuniões. 
Até que passou algum tempo, e ele não apareceu mais naquele carro grande. Não usava mais ternos maravilhosos.
Ela o via em pé, rezando, pedindo para que Deus fizesse tudo voltar a ser como antes.
Até que passou algum tempo, e ela viu quando ele desceu de um ônibus, usando uma camisa comum, com o nome de uma loja. Ele não trazia nenhum presente. Sem ter presente nas mão para dar para a menininha, ela correu para ele, e pode abraça-lo.
Como não havia mais video conferências a serem feitas, ele ficava sentado, no pátio da casa simples para onde se mudaram, e ficava com ela até o sol por-se.
Algum tempo depois, ela passou a ve-lo ajoelhado, rezando. Ele não pedia. Ela o via agradecer.
Ele havia compreendido que amor não era dar.
Havia compreendido que amor, era dar-se.

Por Luís Augusto Menna Barreto



Third Micro Tale of Love

He worked hard ... and every time he got home, in his Jaguar, the little girl watched him get out of the car wearing that wonderful suit, and ran for him. Before she could hug him, he handed her a gift, touched his head and went to the office he also had at home, answering a thousand phone calls, and making video conferences.
... it was always a wonderful gift.
After a while, she noticed that he was tense in his video meetings.
Until some time passed, and he did not show up in that big car anymore. He wore no more wonderful suits.
She saw him standing, praying, asking God to make everything go back to the way it was before.
Until some time passed, and she watched as he got off a bus, wearing an ordinary shirt, named after a shop. He did not bring any gifts. Without having gifts in hand to give to the little girl, she ran to him, and can hug him.
As there were no more video conferences, he sat in the courtyard of the simple house where they moved, and stayed with her until the sun went down.
Some time later, she saw him kneeling, praying. He did not ask. She saw him thank God.
He had realized that love was not giving something.
He had understood that love was giving to himself.


By Luís Augusto Menna Barreto