Ele trabalhava muito… e sempre que chegava em casa, em seu Jaguar, a menininha via-o sair do carro usando aquele terno maravilhoso, e corria para ele. Antes que ela conseguisse abraça-lo, ele lhe entregava um presente, tocava em sua cabeça e ia para o escritório que tinha também em casa, atender mil telefonemas, e fazer video conferências.
… era sempre um maravilhoso presente.
Depois de algum tempo, ela notou que ele andava mais tenso nas suas video reuniões.
Até que passou algum tempo, e ele não apareceu mais naquele carro grande. Não usava mais ternos maravilhosos.
Ela o via em pé, rezando, pedindo para que Deus fizesse tudo voltar a ser como antes.
Até que passou algum tempo, e ela viu quando ele desceu de um ônibus, usando uma camisa comum, com o nome de uma loja. Ele não trazia nenhum presente. Sem ter presente nas mão para dar para a menininha, ela correu para ele, e pode abraça-lo.
Como não havia mais video conferências a serem feitas, ele ficava sentado, no pátio da casa simples para onde se mudaram, e ficava com ela até o sol por-se.
Algum tempo depois, ela passou a ve-lo ajoelhado, rezando. Ele não pedia. Ela o via agradecer.
Ele havia compreendido que amor não era dar.
Havia compreendido que amor, era dar-se.
Por Luís Augusto Menna Barreto
Third Micro Tale of Love
He worked hard ... and every time he got home, in his Jaguar, the little girl watched him get out of the car wearing that wonderful suit, and ran for him. Before she could hug him, he handed her a gift, touched his head and went to the office he also had at home, answering a thousand phone calls, and making video conferences.
... it was always a wonderful gift.
After a while, she noticed that he was tense in his video meetings.
Until some time passed, and he did not show up in that big car anymore. He wore no more wonderful suits.
She saw him standing, praying, asking God to make everything go back to the way it was before.
Until some time passed, and she watched as he got off a bus, wearing an ordinary shirt, named after a shop. He did not bring any gifts. Without having gifts in hand to give to the little girl, she ran to him, and can hug him.
As there were no more video conferences, he sat in the courtyard of the simple house where they moved, and stayed with her until the sun went down.
Some time later, she saw him kneeling, praying. He did not ask. She saw him thank God.
He had realized that love was not giving something.
He had understood that love was giving to himself.
By Luís Augusto Menna Barreto